Pelo segundo ano consecutivo, fenômeno poderá influenciar regime de chuvas no Sul do Brasil
Em atualização divulgada no final da manhã desta quinta-feira (14), a Administração Atmosférica e Oceânica (NOAA) confirmou as condições de La Niña na temporada de dezembro a fevereiro de 2022. Sendo assim, pelo segundo ano consecutivo o Verão no Brasil poderá sentir os impactos do fenômeno climático. “Condições do La Niña se desenvolveram e devem continuar com 87% de chance do La Niña de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022”, destacou a publicação oficial.
Após um período de neutralidade, o NOAA destacou ainda que o La Niña pode atingir intensidade moderada. A consultoria MetSul complementa que os valores de calor latente no oceano hoje são menores do que no pico de intensidade do evento na temporada 2020/2021.
“E existe uma grande quantidade de águas frias abaixo da superfície do Pacífico que vai emergir na superfície durante as próximas semanas, o que levará a uma intensificação do fenômeno”, explica a Metsul.
A ocorrência de um La Niña preocupa todo o setor produtivo do país, sobretudo no Centro-Sul do Brasil que sente os impactos da seca prolongada há dois anos, e que teve o cenário agravado durante a ocorrência do La Niña no ano passado.
Apesar das características do La Niña chamarem atenção para o Sul do Brasil, o cenário também é crítico nas áreas de produção do Mato Grosso do Sul e Sudeste, com impactos na produção nas mais diversas culturas como soja, milho, café, cana-de-açúcar e laranja.
A Metsul explica, no entanto, que é preciso aguardar os próximos meses para entender melhor como será o sistema chuvoso neste verão. “La Niña nem sempre é certeza de estiagem no Sul do Brasil nem tampouco de chuva acima da média mais ao Norte e Nordeste. O que o fenômeno faz sim é aumentar a probabilidade de ocorrência destes cenários nas diferentes regiões do país”, acrescenta.
Fonte: Noticias Agrícolas