O El Niño deverá durar pelo menos até abril de 2024. Enquanto isso, 2023 pode se tornar o mais quente da história, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência especializada da ONU. O novo boletim indica que os padrões climáticos vão continuar influenciados pelo evento com previsão de novos aumentos de temperaturas, tanto da terra quanto do oceano.
O fenômeno se desenvolveu entre julho e agosto e atingiu força moderada em setembro. Agora, provavelmente atingirá o seu pico entre novembro e janeiro de 2024. Com base nos padrões históricos e nas previsões atuais de longo prazo, a OMM indica que o fenômeno vai perder força gradualmente durante a próxima primavera no hemisfério norte, ou seja, entre março e junho.
Probabilidades para novembro/23 – janeiro/24 : 90% El Niño; 10% Neutralidade; 0% La Niña — Foto: Organização Meteorológica Mundial (OMM)
A organização projetou que 2023 terminará com as temperaturas recordes da terra e da superfície do mar vistas desde junho, podendo ser o ano mais quente da história. A preocupação continua no próximo ano, que pode superar estes índices. Normalmente, os impactos do El Niño na temperatura global ocorrem no ano seguinte ao seu desenvolvimento.
De acordo com o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, isso deve-se às crescentes concentrações de gases de efeito de estufa que retêm o calor provenientes das atividades humanas. O professor também afirma que os eventos extremos, como ondas de calor, secas, incêndios florestais, tempestades e inundações serão intensificados em 2024.
Até aqui, o ano mais quente já registrado foi 2016, devido a um El Niño de maior intensidade que o atual.
As temperaturas da superfície do mar no Oceano Pacífico equatorial aumentaram cerca de 0,5 °C acima da média em maio de 2023. Já em setembro, para cerca de 1,5 °C acima da média. As estimativas são relativas ao período de referência entre 1991 e 2020.
Fonte: Globo Rural