Dia Nacional da Pecuária: pesquisas da Secretaria de Agricultura garantem mais produtividade, melhor qualidade da carne e menos impacto no ambiente

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Em 14 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Pecuária, data para lembrar dessa importante atividade, responsável por disponibilizar a população um alimento altamente nutritivo, a carne. A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realiza por meio do Instituto de Zootecnia (IZ), Instituto Biológico (IB) e unidades da APTA Regional pesquisas de ponta que garantem mais produtividade para o pecuarista, sanidade animal, mais qualidade para o consumidor e menos impacto para o ambiente.

O Instituto de Zootecnia tem a pecuária de corte como um dos seus carros-chefes. O Instituto é reconhecido em todo o Brasil e no exterior por desenvolver pesquisas que visam a seleção de gado de corte. Os ganhos genéticos acumulados pelo processo de seleção do IZ no seu Centro Avançado de Pesquisa de Bovinos de Corte, resultaram em quatro arrobas a mais no peso da carcaça dos animais selecionados quando abatidos com 24 meses de idade. Além de produzirem carcaça mais pesada precocemente, os animais produzem carne com excelente parâmetro de qualidade.

Preocupado com a sustentabilidade da produção de carne no Brasil, o IZ inaugurou em julho deste ano o Laboratório de Fermentação Ruminal e Nutrição de Bovinos de Corte, um dos poucos do mundo com tecnologia para estudar o que ocorre dentro do rúmen dos animais, verificando o que se pode fazer para otimizar a fermentação ruminal e assim diminuir as emissões do metano entérico, natural no processo de fermentação dos bovinos.

Um dos projetos em desenvolvimento no laboratório é realizado em conjunto com as empresas SilvaTeam e a JBS e busca reduzir a emissão de metano na atmosfera a partir do uso de aditivos que tornam o processo de fermentação da dieta mais eficiente. “Temos em nosso laboratório um equipamento que simula as condições do rúmen, que é a parte anterior ao estômago do animal. Esse rúmen artificial permite que a gente acompanhe as transformações que ocorrem no processo de fermentação e meça com precisão o potencial de aditivos para reduzir as emissões”, conta a pesquisadora do IZ, Renata Helena Branco Arnandes, que é também diretora do Departamento de Gestão Estratégica da APTA.

De acordo com ela, um dos diferenciais do IZ é que as pesquisas iniciadas no laboratório depois são testadas no campo, com os animais em sistema de pasto e confinamento. Isso traz resultados mais consistentes para os estudos e para os usuários das tecnologias, uma vez que são validadas no laboratório e no confinamento.

Os recursos para a criação do laboratório foram aportados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por meio do Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP). A Secretaria de Agricultura e Abastecimento assinou também em julho deste ano protocolos de intenções com a JBS e SilvaTeam, visando ações conjuntas com o IZ para o desenvolvimento sustentável da pecuária paulista e nacional.

Novilhas precoces

A APTA Regional de Colina também tem forte atuação para a cadeia produtiva de bovinos de corte e contribuições marcantes para a pecuária, como o desenvolvimento do conceito do Boi 7.7.7, adotado em todas as regiões produtoras de gado de corte do Brasil.

Agora, os pesquisadores trabalham no desenvolvimento de um sistema de produção em que as bezerras desmamadas aos 7/8 meses com 170 kg atinjam 300 kg aos 14/15 meses de idade, momento que estariam prontas para ficarem prenhas tempo 40% mais rápido do que a média alcançada pelos produtores brasileiros, que conseguem emprenhar as novilhas aos 24 meses. De acordo com os pesquisadores, o ciclo de produção mais rápido, reduz os custos da criação dos animais nas fazendas. A produção precoce é alcançada com a utilização estratégica de suplementação na alimentação dos animais, logo após o desmame.

As fêmeas que apesar de atingir o peso necessário não conseguirem emprenhar também podem ser usadas para aumentar os lucros dos produtores. A APTA desenvolve trabalho para engorda desses animais para um abate precoce, favorecendo a venda da carne no mercado gourmet.

Segundo o pesquisador da APTA Regional de Colina, Flavio Dutra de Resende, as fêmeas têm mais facilidade para deposição de gordura, uma característica importante para esse nicho de mercado. “Por terem essa facilidade, podemos engordar com suplementação as fêmeas que não emprenharam, abatendo esses animais também jovens, com 19 meses. Enquanto a picanha de um boi de 23 arrobas ultrapassa 2 kg, essa novilha dá uma peça de 900 g a 1,1 kg, que é um tamanho de corte adequado, com nível de acabamento diferenciado. É a carne que o brasileiro mais gosta de comprar”, afirma.

O sistema de produção de novilhas precoces é uma das entregas tecnológicas dos Institutos de Pesquisa da APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP. As entregas fazem parte de um programa do Governo do Estado de São Paulo, que coloca como meta a disponibilização de 150 soluções tecnológicas pela APTA até 2022. Só neste ano, serão mais de 50 nas áreas de agricultura, pecuária, sanidade animal e vegetal, pesca e aquicultura, economia e processamento de alimentos.

Sanidade animal

A sanidade é outro fator fundamental para o avanço da pecuária. Por isso, o Instituto Biológico tem forte atuação nessa área, realizando diagnósticos com alto padrão de qualidade para diferentes atores da cadeia produtiva. Além dos diagnósticos, o IB realiza um outro importante trabalho, que é a produção dos chamados imunobiológicos, utilizados para diagnósticos de brucelose e tuberculose em animais, inclusive nos bovinos. Sem esses kits, não é possível o trânsito de animais no Brasil.

O IB é a única instituição brasileira autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a produzir esses imunobiológicos, atendendo ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT).

Desde 2019, o Instituto passa por atualização de seu portfólio, graças a investimentos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Os recursos foram fundamentais para que o IB aumentasse, em 2020, o prazo de validade dos frascos de tuberculina para triagem e confirmatório de tuberculose, que passaram a ter dois anos, o dobro do que era disponibilizado anteriormente. Para o AAT, o aumento na validade foi de seis meses, passando de 12 para 18 meses. “Isso tem ajudado muito na rotina de compra e de armazenamento dos produtos pelos profissionais que atuam no campo, além de também reduzir o desperdício”, afirma o médico-veterinário do IB, Ricardo Spacagna Jordão.

Em 2020, foram produzidas 5.484.430 doses de imunobiológicos no Instituto, um aumento de 20% em relação a produção de 2019. No mesmo período foram comercializadas, 4.995.680 doses, o que representou um crescimento de 46,6% na arrecadação total de 2020, em comparação ao ano anterior.

Fonte: Assessoria de Imprensa – APTA

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

Autor

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *