De janeiro a junho deste ano, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária de leite acumulou forte alta de 11,49%, segundo o boletim Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O COE da atividade leiteira inclui gastos com ração, mão de obra, medicamentos, manutenção de máquinas, benfeitorias e equipamentos, material de ordenha e de inseminação artificial e todos os itens referentes aos desembolsos realizados pelo produtor.
De acordo com o boletim, o insumo que mais tem pesado no bolso do produtor é o concentrado, que teve valorização de 11,34% (média Brasil) no primeiro semestre de 2021. “Esse cenário é resultado dos elevados preços da soja e do milho que, nos últimos 12 meses, se valorizaram 35,19% e 85,72% respectivamente”, assinala o documento.
O boletim também apontou que, de janeiro a junho, a receita do produtor variou positivamente 3,52% para a “média Brasil”, cotado em R$ 2,201 o litro de leite. A CNA alerta que esse cenário exige muita atenção de produtores que, na maior parte dos casos, encontram margens apertadas na atividade leiteira.
Segundo a publicação, em um cenário de alta nos custos de produção como o atual, propriedades com rebanhos desestruturados e menos produtivos tendem a sentir mais os efeitos em suas margens. “Como consequência, tendem a investir ainda menos nas categorias de reposição, uma vez que os gastos se concentram nos animais em produção, que geram renda”.
O ano de 2021 segue bastante desafiador aos produtores que se dedicam à pecuária leiteira. De janeiro a junho, o Custo Operacional Efetivo (COE) da atividade acumula forte avanço de 11,49%. Essa alta é observada mesmo após o custo ter subido expressivos 23,24% ao longo de todo o ano passado. O insumo que mais vem pesando no bolso do produtor tem sido o concentrado, que se valorizou 11,34% (“média Brasil”) no primeiro semestre de 2021. Esse cenário é resultado dos elevados preços da soja e do milho que nos últimos doze meses se valorizaram 35,19% e 85,72% respectivamente, o atual cenário é resultado da forte demanda tanto no mercado interno quanto externo e os baixos estoques nacionais.
Fonte: CNA em parceria com o SENAR e o Cepea/USP