Com safra recorde, produção de máquinas agrícolas dispara no país

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

A expectativa de uma safra recorde em 2021 tem impulsionado a produção de máquinas e equipamentos agrícolas. Enquanto a indústria em geral já sente os efeitos da piora da pandemia, a produção de bens de capital para a agricultura mostra-se fortalecida, com expansão de dois dígitos.

O segmento teve alta de 36,3% no primeiro bimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2020, e, com isso, puxou a produção de bens de capital como um todo, que cresceu 16,6%, segundo a Produção Industrial Mensal (PIM) – Produção Física, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando a mesma base de comparação, a indústria geral avançou apenas 1,3%.

Após retrações no primeiro e no segundo trimestres do ano passado (-5,1% e -16,5%, respectivamente, no comparativo com igual período de 2019), a produção de bens de capital para a agricultura ganhou tração. A expansão foi de 13,4% no terceiro trimestre e de 36,8% no quarto, ritmo que foi mantido no primeiro bimestre de 2021 (36,3%). Entre as principais máquinas usadas pelo agronegócio estão colheitadeiras, plantadeiras, semeadeiras e tratores agrícolas.

“Os bens de capital para a agricultura têm um ganho importante, de dois dígitos, e puxam o desempenho da categoria de bens de capital. A projeção de safra recorde está na base desse crescimento”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) mais recente (de fevereiro) estima que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas será de 263,1 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 3,5% (9 milhões de toneladas a mais) das 254,1 milhões de toneladas obtidas em 2020.

O bom momento do setor agrícola também é impulsionado pela disparada das cotações internacionais das principais commodities exportadas pelo Brasil no primeiro trimestre do ano, como soja e milho. Principal força do agronegócio brasileiro, a soja registrou o maior preço médio desde 2013 para o trimestre, com alta de 54,2% em comparação com o mesmo período de 2020.

A expansão do setor agrícola também favorece outro nicho de bens de capital, que é o voltado para transportes, composto principalmente por caminhões. O segmento também é destaque entre os bens de capital, com expansão de 12,6% no primeiro bimestre de 2021 em relação a igual período do ano anterior, após alta de 7% no quarto trimestre de 2020.

“Os bens de capital para transporte também se destacam na categoria, puxados principalmente pela exportação de caminhões. Mas o setor agrícola também impulsiona de alguma forma a produção de caminhões”, diz Macedo.

A produção de defensivos agrícolas também teve crescimento em dois dígitos no primeiro bimestre do ano, de 24,2%.

Fonte: Valor Econômico

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