Agora serão 12 instituições financeiras ofertando capital com taxas de juros controladas por recursos do Tesouro Nacional
A partir desta quinta-feira, 1º, primeiro dia de vigência do Plano Safra 2021/22, 12 instituições financeiras estão autorizadas a operar recursos equalizados pelo Tesouro Nacional. O Ministério da Agriculturaconfirmou ao Canal Rural nesta tarde que Bradesco, CNH Industrial, CrediCoamo, Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e Caixa Econômica Federal são os novos bancos credenciados. Porém, sem a publicação de uma portaria do governo oficializando a distribuição dos recursos, o crédito ainda não pode ser contratado na ponta.
Técnicos do Ministério da Agricultura e do Ministério da Economia correm nos bastidores para publicar a portaria faltante em edição extra do Diário Oficial da União ainda hoje. O diretor de Crédito e Informação da pasta da Agricultura, Wilson Vaz, indica que apesar da ausência do documento, o acolhimento de propostas de financiamento deve ser realizado pelas instituições financeiras. Após analisadas as propostas e publicada a portaria, o dinheiro deve ser liberado ao produtor rural.
O Plano Safra 21/22 foi lançado pelo governo federal no dia 22 de junho. O montante de recursos anunciados, R$251,22 bilhões, foi cerca de 6% maior do que o ofertado no Plano Agrícola e Pecuário anterior. O crédito repassado pelo Tesouro Nacional para equalização das taxas de juros ficou em R$13 bilhões. Cifra abaixo da desejada pela ministra Tereza Cristina de R$15 bilhões, mas capaz de alavancar R$89 bilhões com taxas controladas pelo poder público.
Quase metade dos recursos equalizados serão ofertados pelo Banco do Brasil. Em cerimônia de lançamento do Plano Safra 21/22 da instituição financeira no dia 28 de junho, o presidente Fausto Ribeiro informou que irão disponibilizar R$43 bilhões nesta modalidade. No dia seguinte, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, em transmissão ao vivo com a ministra da Agricultura divulgou que irá negociar R$7 bilhões em crédito equalizado.
Desta forma, cerca de R$40 bilhões ainda devem ser distribuídos entre as 10 instituições financeiras restantes. Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, César Halum, a pasta separou o montante de crédito equalizado a fim de que metade estivesse com bancos que irão ofertar melhores condições de custos administrativos e tributários e metade ficasse com bancos que já tem tradição na operacionalização de crédito rural.
Além dos bancos estreiantes em crédito rural equalizado, Banco do Brasil, Sicredi, Sicoob, Banrisul, Cresol Confederação, Banco Regional do Extremo Sul (BRDE) e Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) seguem operando nesta modalidade.
Fonte: Canal Rural