Desaceleração do esmagamento na China; Estoques crescentes no país
A China poderá reduzir sua demanda por soja mundial no segundo semestre de 2021, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. Segundo os analistas de mercado, uma possível redução das compras chinesas está no radar do Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Neste último ano, a China comprou volumes recordes de soja norte-americana e brasileira, fazendo a alegria dos exportadores da oleaginosa e levando as cotações às máximas históricas. “No entanto, com a desaceleração do esmagamento na China e os estoques crescentes no país, não se sabe até quando a China vai continuar comprando os volumes atuais”, afirmou o FAS.
“Como a China é responsável por 60% das importações globais de soja, uma mudança pode alterar drasticamente o mercado. Fatores como o ressurgimento da peste suína africana, uma redução do farelo de soja nas fórmulas de ração animal, quedas dos preços de carne suína e a utilização das reservas podem enfraquecer as importações chinesas”, acrescentou ainda o Serviço Agrícola Estrangeiro.
De acordo com FAS, os Estados Unidos enfrentam também neste ano uma maior concorrência do Brasil, que colheu uma safra recorde.
CLIMA NOS EUA
“As chuvas que atingiram as áreas produtoras de soja e milho nos Estados Unidos principalmente no fim de semana trouxeram alívio às lavouras”, aponta a Consultoria AgResource Brasil. Porém, dados do Monitor de Seca do país divulgados na última quinta-feira, 1° julho, revelam que a estiagem em algumas áreas “ainda é preocupante”.
Atualmente, 38% da safra de milho, 33% das lavouras de soja e 93% do trigo primavera estão passando por estiagem. “A situação é mais grave no norte das planícies americanas e nas áreas do norte e oeste dos Estados Unidos. Regiões da Dakota do Norte e Dakota do Sul são as mais afetadas, com índices de seca severos. No entanto, áreas de Nebraska, Minnesota e Iowa também apresentam algum tipo de estiagem”, conclui a AgResource.
Fonte: Agrolink