Brasil Agro amplia área de cultivo

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Preços recorde de soja e milho influencia estratégia da empresa na nova temporada

Em meio a preços recorde de soja e milho, a BrasilAgro, cujo foco está na aquisição, desenvolvimento e venda de propriedades rurais, planeja consolidar o aumento de sua área de cultivo nesta safra 2020/21, para a qual a empresa tem perspectivas positivas.

Na semana passada, a BrasilAgro informou que encerrou o primeiro trimestre da temporada (julho a setembro) com lucro líquido de R$ 75,6 milhões, 86,4% maior que em igual período do exercício anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) aumentou 86,8%, para R$ 81 milhões, e a receita líquida total registrou alta de 24%, para R$ 229 milhões.

Em 2020/21, o incremento da área cultivada da companhia deverá ser de 1,3%, para155,2 mil hectares. A soja tende a ocupar 59,8 mil hectares, 10,1% mais que em2019/20, e para o milho de verão a previsão é de leve avanço, para 7,09 mil hectares.

No caso da safrinha do cereal, que será semeada depois da colheita de soja, ainda há incertezas. A projeção de 16,3 mil hectares poderá sofrer alterações, em razão do atraso nos trabalhos de plantio da oleaginosa, prejudicados pela escassez de chuvas de setembro e da primeira quinzena de outubro.

Na safrinha do ciclo 2019/20, a BrasilAgro plantou 17,9 mil hectares. “Precisamosesperar [para ver] como será o clima no inverno, e se haverá La Niña, para saber seaumentaremos ou diminuiremos essa área”, disse André Guillaumon, diretorpresidente da companhia, em teleconferência.

Para o executivo, o atraso no plantio da safrinha “já está dado”. “O plantio de soja no Centro-Sul do país foi bastante tumultuado e haverá impacto na safrinha se as condições climáticas se mantiverem na média dos últimos anos”.

Em meio às incertezas, inclusive em relação ao impacto do atraso da semeadura no rendimento das lavouras de soja, BrasilAgro estima, por enquanto, que sua colheita total, considerando também algodão, deverá aumentar 7% em 2020/21, para 345,5 mil toneladas.

No caso da soja, o volume está projetado em 158,7 mil toneladas, 15,7% mais que em2019/20. Desse total, 102,8 mil toneladas, ou 66,7% já foram negociadas, a uma média de US$ 9,33 por bushel abaixo dos US$ 9,62 da safra passada.

Para o milho, a produção total estimada é de 148,7 mil toneladas, praticamente estável. As cotações, porém, estão mais atraentes. Do volume previsto, 59,9 mil toneladas (45%)já foram negociados antecipadamente, a R$ 42,98 a saca. O valor é 48,1% superior à média do ciclo anterior.

“Fomos conservadores na venda de milho atentos ao preços atrativos no mercadointerno”, afirmou Guillaumon. No primeiro trimestre do atual ano-safra, a receita daempresa apenas com a venda de grãos registrou crescimento de 85%, para R$ 113,15milhões.

Com os bons preços de soja e milho, o exercício da BrasilAgro deverá ser marcado por mais vendas do que aquisições de terras. A companhia tem hoje 266 mil hectares em16 propriedades. “Se a soja seguir nesses patamares, valoriza nossas terras. No ano passado, vendemos e compramos fazenda, e isso é raro. Neste exercício é de se esperar que sejamos mais vendedores do que compradores”, disse Guillaumon.

Fonte: Valor Econômico

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

Autor

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *