Desvalorização da soja e do milho na Bolsa de Chicago vem pressionando as cotações dessas commodities
Boi: arroba volta a subir em São Paulo, diz Safras & Mercado
A arroba do boi gordo que vinha sendo negociada a R$ 304, em São Paulo, passou para R$ 305 no levantamento diário de preços da consultoria Safras & Mercado. Segundo o analista Fernando Iglesias, houve negócios acima da referência média para animais que são voltados ao mercado externo, sobretudo o chinês.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram alta consistente, ao redor de 1,0%, e seguem sinalizando a possibilidade de altas para o mercado físico. O vencimento para maio passou de R$ 310,30 para R$ 313,20, o para junho foi de R$ 321,70 para R$ 325,65 e o para outubro passou de R$ 340,60 para R$ 344,85 por arroba.
Milho: mercado brasileiro segue testando novas quedas
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o mercado brasileiro de milho voltou a ter um dia de preços mais baixos. Segundo o analista Paulo Molinari, o mercado segue testando novas quedas para os preços. Em Cascavel (PR), a cotação passou de R$ 96/100 para R$ 95/97. e em Campinas (SP), foi de R$ 103/104 para R$ 102/103 por saca.
Os contratos futuros do milho negociados na B3 seguiram o movimento do mercado físico e recuaram também. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 98,12 para R$ 97,19, do setembro foi de R$ 96,57 para R$ 95,91 e do março de 2022, de R$ 97,85 para R$ 96,95 por saca.
Soja: Chicago recua pelo terceiro dia consecutivo
As cotações dos contratos futuros da soja negociados em Chicago recuaram pelo terceiro dia consecutivo. A pressão negativa no mercado é oriunda da melhor previsão de chuvas em regiões produtoras nos Estados Unidos. O vencimento para julho caiu 0,33% e passou de US$ 15,382 para US$ 15,332 por bushel.
O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) também recuou seguindo Chicago e câmbio, mas com queda limitada. A cotação variou -0,1% em relação ao dia anterior e passou de R$ 174,08 para R$ 173,91 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 13,0% e em 12 meses, os preços alcançaram 56,24% de alta.
- Café: indicador do Cepea tem valorização mesmo com dólar em baixa
O indicador do café arábica do Cepea teve um dia de alta dos preços, apesar da queda do dólar em relação ao real e da estabilidade em Nova York. A cotação variou 0,44% em relação ao dia anterior e passou de R$ 819,61 para R$ 823,23 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 35,69%. Em 12 meses, os preços alcançaram 42,09% de alta.
Em Nova York, os contratos futuros do café arábica tiveram um dia de preços estáveis, apesar da boa queda das cotações do petróleo. O vencimento para julho chegou a operar em alta em boa parte do pregão mas fechou estável em US$ 1,5095 por libra-peso.
No exterior: mercados globais ensaiam melhora no encerramento da semana
Após alguns dias de aumento da aversão ao risco com apreensão em relação à inflação e com a possibilidade do Fed discutir a diminuição dos estímulos monetários, os mercados globais ensaiaram uma melhora. As taxas futuras de juros dos títulos do Tesouro norte-americano recuaram e beneficiaram as ações de empresas de tecnologia.
O bom resultado mostrado pelo mercado de trabalho nos Estados Unidos com mais uma queda semanal nos pedidos de seguro-desemprego também impulsionou as bolsas. O avanço das negociações entre Irã e EUA, além de um cessar-fogo entre Israel e Hamas, ajudou a reduzir a pressão geopolítica no Oriente Médio e, dessa forma, os preços do petróleo recuaram.
No Brasil: em dia de recuperação no exterior, Ibovespa tem apenas leve alta
Apesar da boa recuperação dos ativos de risco no exterior, o Ibovespa fechou o dia com apenas uma leve alta. O índice da bolsa brasileira subiu 0,05% e ficou cotado a 122.700 pontos. O recuo das commodities no mercado internacional e os sinais de que o número de casos de Covid-19 no Brasil voltaram a aumentar podem ter impactado o mercado.
Enquanto isso, o dólar comercial acompanhou o cenário externo, recuou 0,73% em relação ao real, e fechou o dia cotado a R$ 5,277. O ótimo resultado da arrecadação federal de impostos em abril pode ter ajudado no movimento. Houve um aumento de 45,2% em termos reais, ou seja, quando descontada a inflação, na comparação anual. A arrecadação somou R$ 156,8 bilhões e representou o melhor resultado para abril da série histórica da Receita Federal.
Fonte. Canal Rural