Boi gordo: mercado brasileiro passa por calmaria e não se abala diante do conflito mundial gerado pela guerra

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

A Rússia, que iniciou ataques na Ucrânia, tem pequena participação entre os compradores internacionais da carne bovina do Brasil; no setor de grãos (trigo e milho), cenário gera preocupação, diz a Scot Consultoria

Em meio à forte onda de preocupação mundial gerada pelos ataques russos na Ucrânia, o mercado brasileiro do boi gordo seguiu bastante calmo nesta quinta-feira, 24 de fevereiro, oficialmente, o primeiro dia da guerra iniciada na região leste da Europa.

Tal comportamento reflete a pouca importância dos importadores russos no quadro atual de clientes internacionais da carne bovina brasileira.

Em 2021, a Rússia, que já foi um importante parceiro comercial brasileiro no setor de carne bovina, respondeu por apenas 1,8% do volume total de embarques da proteína, segundo relatos da Scot Consultoria.

No final do ano passado, os russos voltaram a reabilitar algumas plantas frigorificas brasileiras para exportação de carne bovina e suína à Rússia.

Essas unidades estavam com restrições para embarques ao mercado da Rússia desde o fim de 2017, por causa da presença do aditivo ractopamina em algumas cargas.

Com a liberação, o país do leste europeu começa a reaparecer nas estatísticas brasileiras, embora ainda de maneira bastante tímida – está muito longe de atingir os altos patamares de importação registrados no passado recente; entre 2008 e 2012, os russos reinaram absolutos no topo máximo do ranking,com compras anuais acima de US$ 1 bilhão, segundo dados da Abiec.

No entanto, o início do conflito entre Rússia e Ucrânia já mexeu com os preços mundiais do trigo e do milho, relatam os analistas da Scot Consultoria.

Os dois países do leste europeu figuram entre os maiores produtores e exportadores de trigo no mundo, informa a Scot.

No mercado de milho, a Ucrânia está entre os cinco maiores produtores e é um dos principais exportadores do cereal, acrescenta a consultoria.

“A Rússia tem grande importância para o Brasil e o conflito, se não for resolvido com rapidez, poderá elevar ainda mais os preços (dos grãos) no mercado interno”, observa a Scot, que ressalta: “O cenário merece atenção e deve ser acompanhado de perto, pelos impactos causados no cenário global e seus reflexos no agronegócio”.

Arroba estável – Com as escalas de abate atendendo a semana posterior ao Carnaval, as cotações do boi gordo andaram de lado nesta quinta-feira.

Nas praças do interior de São Paulo, o boi, vaca e novilha gordos estão cotados em R$ 338/@, R$ 303/@ e R$ 330/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), de acordo com os dados apurados pela Scot.

Em relação aos preços dos machos padrão China (abatidos mais jovens, geralmente abaixo dos 30 meses de idade), as negociações no mercado paulista chegam a R$ 355/@, acrescenta a consultoria.

No boletim desta quinta-feira, analistas da IHS Markit destacaram os recuos nos preços da arroba da vaca em algumas praças do Mato Grosso (veja abaixo as cotações atuais de machos e fêmeas nas principais regiões do País), reflexo do aumento da oferta de matrizes após término da estação de monta, além do preço mais baixos da categoria em relação aos machos.

A mesma consultoria também observou situações adversas nas praças do Rio Grande do Sul, o que resultou em queda nos preços da arroba do boi gordo.

“De uma forma geral, o Estado passa por um período de severa seca”, destaca a IHS.

Com as fazendas sem volume de massa verde suficiente para o gado de corte, a oferta de animais aumentou.

“Muitos pecuaristas gaúchos já não conseguem mais reter os seus lotes nas propriedades”, ressaltam os analistas.

A semana segue sem grandes variações de preços também no mercado atacado de carne bovina.

A instabilidade do consumo doméstico não abre espaço para aumento da procura por parte das redes de distribuição, diz a IHS.

No entanto, os agentes do mercado esperam uma reação maior das vendas de carne bovina, diante do feriado prolongado de Carnaval e o pagamento dos salários, no início de março.

Cotações máximas de quinta-feira, 24 de fevereiro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 345/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 295/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 292/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 297/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 307/@ (à vista)
vaca a R$ 295/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca R$ 295/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 325/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 324/@ (à vista)
vaca a R$ 309/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 324/@ (à vista)
vaca a R$ 309/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 289/@ (prazo)
vaca a R$ 282/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 287/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 283/@ (à vista)
vaca a R$ 264/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO

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