Boi gordo: Arroba pode subir com eventual retomada do consumo interno de carne bovina

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Custos da nutrição podem subir em caso de problemas na safra de milho ocasionado pelas geadas; preços futuros do boi voltam a subir refletindo maior aperto na oferta no segundo semestre

Nesta quinta-feira, 1º de julho, os preços do boi gordo registraram nova estabilidade na maioria das praças pecuárias, mas analistas de mercado apostam na retomada do processo de alta na arroba no curtíssimo prazo, estimulada pela enorme dificuldade dos frigoríficos em compras lotes de boiadas terminadas, além de uma possível recuperação do consumo interno da carne bovina, em função do recebimento dos salários aos trabalhadores neste início de mês.

Em São Paulo, a arroba do macho é negociada a R$ 317/@, enquanto a vaca gorda e a novilha valem, respectivamente, R$ 294/@ e R$ 310/@ (valores brutos e a prazo), segundo dados apurados pela Scot Consultoria.

Bovinos destinados à exportação (abatidos mais jovens, com idade até 30 meses) estão sendo fechados em até R$ 320/@, à vista.

Algumas regiões do País registram valorizações nas cotações das fêmeas, como é o caso do Mato Grosso (veja abaixo preços da vaca nas principais regiões do País).

Segundo a IHS Markit, as vacas gordas são utilizadas para atender sobretudo ao mercado interno e seu menor preço (em comparação à arroba dos machos) oferece fôlego às margens operacionais dos frigoríficos.

Com a chegada de julho/21, o mercado físico do boi gordo poderá demonstrar sinais de melhoras, avalia a consultoria Agrifatto.

“Com a expectativa de maior consumo na ponta final, os frigoríficos podem forçar a busca por mais animais”, justifica.

Na avaliação da Scot, com o dólar novamente trabalhando acima de R$ 5, o esperado maior ritmo das exportações de carne bovina pode ajudar a sustentar o mercado, já que julho normalmente não é um mês de grande saída de gado de confinamento.

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Na B3, o contrato com vencimento em outubro/21, pico da entressafra, subiu nesta quinta-feira, para R$ 319,75/@, ante o valor de R$ 318/@ registrado no dia anterior.

Segundo avaliação da IHS Markit, neste momento, as indústrias frigoríficas enfrentam situações diferentes no Brasil.

No Norte e Nordeste, até mesmo em algumas regiões do Centro-Oeste, as escalas de abate são confortáveis, ao redor de 10 dias, informa a consultoria.

“Nessas regiões, as aquisições de animais terminados são realizadas com maior facilidade, permitindo maior fluxo de negócios sem novas altas de preços para os frigoríficos”, observa a IHS.

No entanto, o restante do País, continua a IHS, a situação do mercado, que já é bastante desfavorável para as plantas abatedouras (com escalas muito curtas – ao redor de 3 dias), se tornou ainda pior.

“As condições climáticas adversas não trouxeram elevação da oferta de animais terminados, fornecendo possibilidade da consolidação de uma nova tendência de alta da arroba”, observa a IHS.

Os pecuaristas demonstram preocupações com os impactos das recentes geadas registradas nas lavouras de milho.

A possibilidade de uma nova elevação dos custos de nutrição impacta as decisões de oferta dos produtores rurais, movimentando a dinâmica de negócios, principalmente na região Sul do País, que registra problemas mais sérios em relação ao clima adverso, relata a IHS.

No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos, assim como do couro e sebo industrial, permaneceram estáveis nesta quinta-feira.

Cotações máximas desta quinta-feira, 1 de julho, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 322/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 311/@ (à vista)
vaca a R$ 295/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 311/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 297/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 308/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 307/@ (à vista)
vaca a R$ 296/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 294/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca R$ 293/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 293/@ (à vista)
vaca a R$ 282/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 335/@ (à vista)
vaca a R$ 326/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 335/@ (à vista)
vaca a R$ 326/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 294/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 298@ (prazo)
vaca a R$ 289/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 287/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 267/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO

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