“O ciclo de maior oferta de boiadas gordas e a queda desenfreada de preços para os produtores podem estar chegando ao fim”
Nesta quarta-feira (22/11), o preço médio do boi gordo nas praças paulistas saiu de uma inércia de mais de 40 dias e atingiu R$ 240/@, informa a Agrifatto, que acompanha diariamente o movimento do setor pecuário em 17 regiões brasileiras (veja os detalhes das cotações atuais de todas as categorias de abate ao final deste texto).
“Cinco das dezessete praças acompanhadas passaram por valorização (na arroba)”, ressalta a Agrifatto, citando as seguintes regiões além de São Paulo: Goiás, Pará, Rondônia e Tocantins.
Porém, os aumentos de preços desta quarta-feira apurados pela Agrifatto não foram expressivos, mas reforçam a tendência altista da arroba. As demais 12 regiões mantiveram cotações laterais, acrescenta a consultoria.
Na visão dos analistas da Agrifatto, “o ciclo de maior oferta (de animais gordos) para as indústrias e a queda desenfreada de preços para os produtores podem estar chegando ao fim”.
Na contramão do mercado físico, na B3, todos os contratos futuros registraram desvalorização na terça-feira (22/11).
O contrato com vencimento para novembro de 2023 ficou precificado em R$ 239/@, com leve recuo de 0,15% no comparativo diário.
Na avaliação da S&P Global Commodity Insights, neste momento, há um grande embate entre frigoríficos e pecuaristas brasileiros.
“As indústrias resistem em efetivar negociações em patamares de preços superiores, enquanto os pecuaristas se ausentam das vendas diante das condições de preços atuais”, ressalta a S&P Global.
No entanto, dizem os analistas da consultoria, as escalas de abate dos frigoríficos permanecem sem registrar avanços significativos em um período de operações destinadas a cobrir a demanda sazonal de final de ano.
Dessa maneira, continua a S&P Global, as expectativas são positivas para o início de dezembro, mês marcado pelas comemorações de fim de ano, quando crescem significativamente as vendas internas de cortes bovinos para churrasco, de longe a proteína preferida dos brasileiros.
“Um avanço expressivo na demanda sazonal deve fomentar altas pontuais (nos preços do boi gordo) ao longo da próxima semana, tendo em vista a formação de estoques para cobrir a maior procura (pela proteína bovina)”, reforça a S&P Global.
Cotações máximas de machos e fêmeas nesta quarta-feira, 22/11 (Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 222/@ (à vista)
vaca a R$ 209/@ (à vista)
MT-Cáceres:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 210/@ (à vista)
vaca a R$ 190/@ (à vista)
GO-Sul:
boi a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 212/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 225/@ (à vista)
vaca a R$ 205/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 231/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 209/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 202/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 212/@ (à vista)
vaca a R$ 195/@ (à vista)
Fonte: Portal DBO