Os frigoríficos ainda encontram grande dificuldade na composição de suas escalas de abate, voltando a operar com estoques enxutos
O mercado físico de boi gordo registrou preços mistos nesta sexta-feira, 4. “O quadro geral ainda aponta para oferta restrita em grande parte do país. Os frigoríficos ainda encontram grande dificuldade na composição de suas escalas de abate, voltando a operar com estoques enxutos”, diz o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, o primeiro giro de confinamento é mais tímido em 2021, avaliando o recente comportamento dos custos pecuários, com os preços da reposição e da nutrição animal em seu topo histórico. “Ou seja, houve uma menor atratividade para o confinador. Para o segundo giro de confinamento ocorre o inverso, com a perspectiva de pelo menos uma retração dos preços da nutrição animal ao longo do segundo mestre, somada a uma curva futura mais atraente na B3; logo a tendência é por avanços do volume de animais confinados”, assinala Iglesias.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 317, na modalidade à prazo, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 301 a arroba, ante R$ 300 na quarta-feira. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, estável. Em Cuiabá, a o valor da arroba foi indicado em R$ 304 – R$ 305, ante R$ 304. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 305 a arroba, ante R$ 305 – R$ 306.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina subiram. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento durante a primeira quinzena de junho, consequência da entrada da massa salarial na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. “Somado a isso precisa ser considerada a maior dificuldade dos frigoríficos na composição de suas escalas de abate, resultando em estoques enxutos, situação que aumenta a propensão a reajustes”, diz Iglesias.
Fonte: Canal Rural