Boi em alta e milho em queda; veja notícias desta quinta-feira

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Enquanto isso, a soja também registrou recuo de preço e o café ficou estável, resistindo à volatilidade do mercado internacional

Boi: arroba segue em valorização com oferta restrita

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a oferta restrita de boiadas segue pressionando positivamente os preços da arroba nas principais praças do país. Segundo o levantamento diário da consultoria, em Goiânia (GO), a arroba subiu de R$ 301 para R$ 302, e em Cuiabá (MT), foi de R$ 307 para R$ 308.

Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram um dia de queda acentuada em toda a curva e seguem na contramão da tendência do mercado físico das últimas duas semanas. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 321 para R$ 319,55, do outubro caiu de R$ 336,10 para R$ 330,90 e do novembro, de R$ 336,40 para R$ 331,20 por arroba.

Milho: indicador do Cepea recua abaixo de R$ 96 por saca

O indicador do milho do Cepea teve um dia de baixa dos preços e ficou abaixo de R$ 96 por saca pela primeira vez desde a primeira quinzena de abril. A cotação variou -0,88% em relação ao dia anterior e passou de R$ 96,57 para R$ 95,72 por saca. Apesar disso, no acumulado do ano, o indicador valorizou 21,7%. Em 12 meses, os preços alcançaram 102,2% de alta.

Os contratos futuros do milho negociados na B3 seguiram o padrão do mercado físico e tiveram novas quedas nas cotações. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 94,46 para R$ 94,06, do setembro caiu de R$ 96,89 para R$ 96,56 e do março de 2022 recuou de R$ 97,77 para R$ 97,70 por saca.

Soja: cotação em Paranaguá (PR) cai ao menor valor desde final de março

O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve um dia de baixa dos preços e chegou ao menor valor desde o final de março. A cotação variou -0,94% em relação ao dia anterior e passou de R$ 173,45 para R$ 171,82 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 11,64%. Em 12 meses, os preços alcançaram 67,22% de alta.

Em Chicago, o mercado segue se preparando para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quinta-feira, 10. O vencimento para setembro recuou 0,60% e passou de US$ 14,57 para US$ 14,482 por bushel. O mercado climático também deu o tom dos negócios com previsão de chuva para o Meio Oeste norte-americano.

Café: Brasil tem preços estáveis com volatilidade de Nova York

A consultoria Safras & Mercado registrou preços estáveis no mercado brasileiro de café, além de confusão na precificação e no andamento dos negócios. A volatilidade das cotações em Nova York tem prejudicado a formação de preços no Brasil. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou estável em R$ 830/840.

Em Nova York, as cotações do café arábica iniciaram o dia com valorização, mas perderam força durante o passar do pregão. O vencimento para julho caiu 0,32% e passou de US$ 1,577 para US$ 1,572 por libra-peso. A projeção de chuvas chegando em regiões produtoras no Brasil foi responsável por fazer o mercado virar.

No exterior: mercados globais têm cautela na espera de dados de inflação nos EUA

Os mercados globais seguem em ritmo de cautela elevada na espera dos dados de inflação ao consumidor de maio nos Estados Unidos, que serão divulgados nesta quinta-feira. Apesar disso, nesta quarta-feira, 9, as taxas futuras de juros do Tesouro norte-americano para prazos mais longos tiveram queda consistente.

A aceleração da inflação é o principal tema discutido na economia mundial pelos bancos centrais atualmente. Com a pandemia, a cadeia de suprimentos sofreu impactos negativos importantes e o elevado grau de estímulos monetários e fiscais também contribuiu para o aumento dos preços de bens e serviços. Caso a aceleração da inflação persista, os bancos centrais serão pressionados a elevar os juros básicos.

No Brasil: Ibovespa tem leve alta, mas segue abaixo de 130 mil pontos

Após ter uma sequência de oito altas interrompida, o Ibovespa teve leve valorização de 0,09% e fechou o dia cotado a 129.906 pontos. Durante o dia, a bolsa brasileira chegou a operar acima dos 130 mil pontos, mas perdeu força na parte da tarde. Enquanto isso, o dólar comercial subiu 0,69% e ficou cotado a R$ 5,069.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA ficou em 0,83% em maio, o maior resultado para o mês desde 1996. O número ficou acima do projetado pelo mercado e foi influenciado pelo aumento dos preços de energia elétrica, em virtude da bandeira vermelha, e da gasolina.

Fonte: Canal Rural

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