Dos R$ 6,5 bilhões disponíveis até o fim desta safra, em junho de 2021, ainda haviam cerca de R$ 1,1 bilhão até quinta-feira
A principal linha de investimentos para aquisição de máquinas e implementos agrícolas do Plano Safra, o Moderfrota, deu sinais de esgotamento antes do fechamento do quarto mês de desembolsos.
Na quinta-feira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou as instituições financeiras sobre a suspensão do recebimentos de novos pedidos de financiamentos para esta finalidade. O segmento de máquinas já havia reivindicado um aporte maior que o disponibilizado para ciclo e vai reforçar o pleito ao governo.
O movimento do BNDES não significa que os recursos acabaram. Dos R$ 6,5 bilhões disponíveis para o Moderfrota até o fim desta safra, em junho de 2021, ainda haviam R$ 1,1 bilhão até quinta-feira. A estimativa é que o dinheiro acabe em novembro. A suspensão é para controlar a entrada de protocolos. Algumas operações que ainda estão na fila também podem não vir a ser concretizadas, abrindo espaço a novos contratos.
Ainda existe saldo no Banco do Brasil, que disponibilizou uma linha semelhante ao Moderfrota, mas com recursos próprios. Foram alocados R$ 2,5 bilhões com as mesmas condições de juros e prazos do financiamento com equalização. Mas a previsão também é que o dinheiro chegue ao fim antes de dezembro.
O Valor apurou que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, conversa com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a possibilidade de uma suplementação de recursos para equalização dos juros das linhas de investimentos, quase todas já 100% comprometidas.
Fonte: Valor Econômico