Arroba vai firme em R$ 300, apesar de muitas indefinições no mercado da carne bovina

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Enquanto isso, pecuarista vai engordando o gado no pasto e controlando a entrega dos animais aos frigoríficos

Embora o escoamento da carne bovina no mercado interno continue fraco, dois fatores ainda contribuem para a firmeza nos preços do boi gordo nas principais praças pecuárias do País. O primeiro deles é o quadro de oferta enxuta, o que dificulta a tentativa dos frigoríficos em barganhar valores mais baixos. O outro motivo é a melhoria na capacidade de suporte das pastagens, o que favorece a decisão do pecuarista em postergar a venda, esperando o melhor momento de negociação.

Na avaliação da Scot Consultoria, no curtíssimo prazo, a melhora gradual das exportações de carne bovina, além da proximidade da virada de mês (período de pagamento dos salários e, teoricamente, de maior demanda por proteínas no mercado interno), pode influenciar positivamente os preços no mercado do boi gordo.

O levantamento diário da consultoria mostra negócios com boiada gorada da ordem de R$ 302/@ nas praças paulistas, preço bruto e a prazo. Para os animais que atendem à demanda externa, as transações ocorrem por até R$ 5/@ acima do valor de referência.

Segundo relatos da IHS Markit, atualmente, o mercado interno do boi gordo segue bastante travado, consequência das severas complicações geradas pela oferta restrita de animais prontos para abater, juntamente com o problema de baixa demanda pela carne bovina no mercado doméstico.

As indústrias frigoríficas não encontram um cenário favorável que permita repassar de forma adequada os altos custos operacionais gerados pelos preços recordes da arroba”, alerta a IHS. Na avaliação da consultoria, alguns fatores ocorridos neste ano (o atraso no ciclo de engorda extensiva a pasto, a forte retenção de matrizes e os altos custos com nutrição animal) dão um tom ainda mais severo ao mercado pecuário.

No entanto, continua a IHS, a expectativa do setor é que a oferta de boiadas prontas esboce alguma melhora a partir de março, com a entrada mais consistente de lotes de animais terminados no pasto.

No entanto, os participantes do mercado seguem atentos aos efeitos da crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19, destaca a IHS. O baixo poder aquisitivo da população brasileira, combinado com a alta taxa de desemprego, gerou impactos ainda mais negativos no consumo doméstico da proteína vermelha, o que tem resultando na migração para carnes mais baratas.

Para a IHS Markit, a retomada das vendas externas brasileiras de carne bovina, sobretudo com a volta da China ao mercado comprador, surge como um fator que pode apenas minimizar os problemas com escoamento da produção dos frigoríficos brasileiros. “Neste contexto, a opção das muitas unidades de abate é regular ao máximo os seus processos de compra de gado”, relata a consultoria.

Há relatos de plantas abatendo três vezes por semana, além daquelas que estão operando com cerca de 50% de sua capacidade estática de abate, informa a IHS. Mesmo os abatedouros habilitados para exportação também relataram que reduziram os abates diários em função de problemas com originação de matéria-prima, acrescenta a consultoria. Além disso, há frigoríficos que estão de férias coletivas e só devem retomar as operações em março.

Giro pelas praças

Como já mencionado neste texto, o mercado do boi evolui de forma lenta e irregular, condição que gerou espaço para variações distintas de preços nas principais praças pecuárias. No Mato Grosso, as cotações do boi gordo seguem firmes, pois, além do Estado dispor de muitas unidades de abate com foco na venda de carne ao exterior, a oferta de gado gordo local também está sendo absorvida por compradores de outras regiões, informa a IHS.

Nesta quarta-feira, também foram observadas movimento de alta no preço da arroba em Rondônia, Minas Gerais e Goiás.

Por sua vez, no Pará e Mato Grosso do Sul, a fragilidade dos preços é efeito da saída de muitos compradores do mercado, que passam a aguardar recuperação nas vendas, relata a IH.

Atacado segue com preços inalterados

No mercado atacadista brasileiro, os preços dos principais cortes bovinos não sofreram alterações, embora há uma pressão de baixa no setor. “Em algumas regiões há registro de sobras de mercadorias, sobretudo por efeito das dificuldades em escoar cortes de traseiro”, informa a IHS.

As expectativas se voltam para esta etapa final da semana, por anteceder um período de virada de mês. A possibilidade de liberação do auxílio emergencial também é apontando como outro fator que possa oferecer suporte aos preços dos cortes bovinos, segundo a IHS.

Cotações desta quarta-feira (24/2), segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 301/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 281/@ (à vista)
vaca a R$ 269/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 283/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 268/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 292/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 293/@ (à vista)
vaca a R$ 278/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 287/@ (à vista)
vaca a R$ 273/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca R$ 278/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 279/@ (à vista)
vaca a R$ 271/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 287/@ (à vista)
vaca a R$ 272/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 287/@ (à vista)
vaca a R$ 272/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 276@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 269/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 279/@ (à vista)
vaca a R$ 268/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 263/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 283/@ (prazo)
vaca a R$ 268/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 272/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO

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