Os preços dispararam na abertura da semana com o “missing ox” e estabeleceram um novo recorde de preços como referência para os animais.
O mercado físico de boi gordo iniciou a semana com preços de estáveis a mais altos, nesta segunda-feira, 22. O mercado continua pautado e sustentado pela baixa oferta de animais com o que chamamos de “missing ox” ou sumiço do boi. As indústrias continuam ofertando maiores valores para tentar garantir a matéria-prima, principalmente aquelas com habilitação para exportação.
O mercado já tem uma nova referência de preços para os animais que atendem o padrão exportação, os preços chegam a R$ 318,00/@ nas principais praças pecuárias do país. Pecuaristas seguem cadenciando o mercado de olho nas margens de lucro com a disparada nos preços da reposição.
Segundo os dados divulgados pela Scot Consultoria, a cotação da vaca e da novilha gordas também está estável, em R$283,00/@ e R$299,00/@, preços brutos e a prazo, respectivamente. Já os animais para exportação tem um ágio de até R$ 15/@.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 315,19/@, na segunda-feira (22/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 294,41/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 299,15/@.
Já o Indicador do Cepea Boi Gordo/B3, abriu a semana sem desvalorização e voltou a quebrar o recorde da série histórica, os preços atingiram o patamar de R$ 315,20/@ para a praça paulista, o valor mostra que o mercado segue truncado com a menor oferta de animais.
Na B3, o contrato para maio/21, encerrou o dia com a cotado a R$ 299,80/@, obtendo um recuo de 0,43%. Já no mercado internacional, o preço da arroba do boi brasileiro foi a única a apresentar valorização na abertura desta semana e é cotada a U$ 55,25/@.
Exportações
Mesmo com o desempenho levemente melhor que na segunda semana de março/21, a média diária de carne bovina exportada pelo Brasil recuou novamente. O avanço de 0,26% no comparativo semanal não foi o suficiente para melhorar a média diária do mês de março/21, que recuou para 5,92 mil toneladas/dia, apenas 3,43% maior que março/20. Ainda assim, a expectativa é de que sejam exportadas mais de 130 mil toneladas neste mês.
Mercado Truncado
Segundo apurou a consultoria, há informações de novas paralisações em unidades de abate situadas na região de Juara, em Mato Grosso.
Por sua vez, relata a IHS Markit, os pecuaristas ainda aproveitam as boas condições climáticas presentes na maior parte das fazendas brasileiras para reter os poucos lotes de animais no pasto e, assim, barganhar valores ainda mais altos para a arroba.
A estratégia de segurar a boiada no pasto faz todo o sentido: os preços da arroba subiram fortemente, mas os avanços nas cotações dos animais de reposição foram ainda mais significativos. Para piorar a conta dos recriadores/invernistas, os custos de nutrição também dispararam, sobretudo o milho. “Os gastos dos pecuaristas para o próximo ciclo pecuário aumentaram demasiadamente”, ressalta a IHS.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 315, estável.
Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, inalterado.
Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305 ante R$ 303 na sexta-feira.
Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 301, contra R$ 300.
Em Uberaba, Minas Gerais, os valores ficaram em R$ 309 a arroba, ante R$ 304 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por reajustes durante a primeira quinzena de abril, período que conta com maior apelo ao consumo, diz Iglesias.
Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 16,50 o quilo.
Fonte: Compre Rural