O mercado do boi gordo tem motivos suficientes para uma nova dispara nos preços da arroba, ainda mais após uma valorização de mais de R$ 11/@; Veja!
Os preços do boi gordo voltaram a disparar nesta última semana, com uma valorização superior a R$ 11,00/@ os frigoríficos seguem com grande dificuldade em compor as suas escalas de abate e trabalham com os estoques enxutos. Os pecuaristas que possuem animais para abate já miram os R$ 330,00 e seguem pressionando o mercado!
Os valores em patamares de R$ 340 em contratos no mercado futuro já são valores muito interessantes, segundo a avaliação da médica veterinária e economista Lygia Pimentel, CEO da consultoria Agrifatto, de São Paulo, SP.
O ágio do macho com até quatro dentes voltados à exportação chega até R$10,00/@, dependendo da distância e do volume negociado.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 315,90/@, na sexta-feira (04/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 303,09/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 305,84/@.
Já o Indicador do Cepea, voltou a apresentar grande valorização de 3,58% e fechou apregoado em R$ 311,45/@ com a grande lacuna na oferta de animais para abate.
Motivos para disparada da arroba
A oferta enxuta e restrita de animais para o abate é que o vai fundamentar as altas no mercado futuro do boi, segundo o economista agroindustrial Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada.
Outro ponto importante, citado por Carvalho é que o mercado vem sinalizando a probabilidade de se ter uma oferta restrita no segundo semestre, somado com uma demanda forte e que traz preços mais elevados.
Segundo consultor da Safras&Mercados, o primeiro giro de confinamento é mais tímido em 2021, avaliando o recente comportamento dos custos pecuários, com os preços da reposição e da nutrição animal em seu topo histórico.
“Ou seja, houve uma menor atratividade para o confinador. Para o segundo giro de confinamento ocorre o inverso, com a perspectiva de pelo menos uma retração dos preços da nutrição animal ao longo do segundo mestre, somada a uma curva futura mais atraente na B3; logo a tendência é por avanços do volume de animais confinados”, assinala Iglesias.
“Temos os contratos para o vencimento em setembro na faixa dos R$ 336, indicando um cenário altista para a entressafra que está começando. Terminamos o mês de maio com cotações em termos de R$ 313. Esses valores, negociados no mercado futuro, deverão refletir a paralisação das exportações da Argentina e beneficiando as exportações brasileiras”, diz Tavares.
Escalas de abate apertadas
Semana de poucas novidades para o mercado físico de boi gordo. As indústrias seguem encontrando dificuldades no preenchimento de suas escalas de abate, enquanto em alguns estados registraram avanços outros registraram decréscimo no total de dias já com animais programados.
Em São Paulo, as indústrias fecharam a semana com 8,0 dias úteis já preenchidos. A região paulista possui os cronogramas mais longos, dentre os estados analisados.
A região goiana fica em segundo lugar no quesito dias de abate já comprometidos, com a média de 7,0 dias úteis.
Minas Gerais encerrou a sexta-feira com cerca 6,0 dias úteis já preenchidos.
Por fim, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul encerraram a semana com cerca de 5,0 dias úteis, alinhados com a média parcial anual.
Pecuarista mira R$ 330
Os preços do boi gordo estão cada vez mais animadores para o pecuarista que, neste momento, trabalha com margens apertadas com a disparada dos custos de produção insumos e reposição. A nova lacuna na oferta de animais para abate que vem se concretizando no mercado, poderá trazer um alento para aqueles que buscam melhores valores para negociar a matéria-prima.
Fonte: Compre Rural