Tereza Cristina defende protocolo de prevenção nas unidades de produção
A pandemia e os bloqueios às exportações de carnes de algumas plantas deixaram em segundo plano a habilitação de novos frigoríficos pelos chineses, mas Tereza Cristina espera novidades positivas daqui um mês. “A China também está com problemas para explicar para a população e mostrar que não há problemas com alimentos. Estão sendo muito cautelosos no recebimento dos produtos, testando. Esse assunto infelizmente ficou em segundo plano, mas mais um mês para frente pode ser que a gente avance”, destacou.
Segundo a ministra, os abatedouros brasileiros são associados de forma errada à maior proliferação do coronavírus. “Existe uma reverberação de que existe mais gente contaminada ou que os frigoríficos são fonte do vírus, o que não é verdade. Eles vêm testando muitas pessoas, com os protocolos que seguem, e aparecem mais casos. Se não tivessem feito os testes, talvez não tivesse essa reverberação do assunto”, pontuou.
Ao todo, seis frigoríficos tiveram as exportações suspensas para a China até agora por conta de casos de covid-19 entre os funcionários. Ontem, Pequim pediu que o Ministério da Agricultura suspenda mais duas plantas, o que, no entanto, não deve ocorrer.
A ministra também negou qualquer tipo de abalo na relação diplomática e comercial com a China. Sobre as críticas feitas há alguns meses pelo filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, ela disse que “ele é deputado e pode falar o que quiser, mas a fala não é do governo”. Ela insistiu que existe bom relacionamento e respeito também por parte de Jair Bolsonaro. “Como ministra, tenho que respeitar todos os parceiros que Brasil tem. Nunca vi o presidente falando mal da China. O governo tem relações comerciais e de amizade com a China há muitos anos e os números vêm mostrando que a relação vai bem”, concluiu.
Fonte: Valor Econômico