A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o setor agropecuário é o único que pode contribuir com a descarbonização ativa no enfrentamento das mudanças climáticas, mas que isso não deve comprometer a competitividade das cadeias produtivas nem a segurança alimentar que os produtos brasileiros ajudam a promover.
Durante evento de apresentação do posicionamento dos produtores brasileiros para a Conferência das Nações Unidos para as Mudanças Climáticas (COP 26), na manhá desta terça-feira, a ministra ressaltou que o Brasil e em especial a agropecuária do país – tem papel importante a desempenhar no combate ao aquecimento global como “portador de soluções” ao unir segurança alimentar, desenvolvimento econômico e conservação ambiental.
Desenvolvimento sustentável
A ministra também disse que o setor produtivo tem um “compromisso inequívoco” com as mudanças do clima e o desenvolvimento sustentável. “Como único setor que pode fazer descarbonização ativa das cadeias produtivas, temos a responsabilidade de contribuir para o enfrentamento do aquecimento global. Mas não podemos comprometer a competitividade da agricultura e da pecuária nem a segurança alimentar que ajudamos a garantir com nossos produtos”, afirmou Tereza Cristina.
Segundo a ministra, o país terá a oportunidade, na COP 26, de contribuir para a mitigação da emissão de gases de efeito estufa e de endereçar as suas necessidades de adaptação aos impactos da mudança do clima. Isso será feito em “fina sintonia” com o setor produtivo, disse. “Levaremos propostas contributivas em prol de resultados concretos e ambiciosos”.
Entre os pontos que o Brasil pretende debater em Glasgow (Escócia) entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro estão a definição de regras para o mercado de carbono, o financiamento climático, questões de transparência, mecanismos focados em adaptação às mudanças do clima e pagamentos por serviços ambientais.
Como compromisso, o Brasil vai antecipar sua meta de neutralidade climática para 2050 e de erradicação do desmatamento ilegal até 2030.
Fonte: Valor Econômico