Boi gordo: mercado segue lento, à espera de uma sinalização maior da demanda interna e da volta da China às compras

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Na avaliação da IHS Markit, entre algumas praças, a oferta de animais terminados começa a diminuir, o que pode neutralizar a pressão baixista nos preços da arroba

Com consumo de carne bovina ainda patinando no mercado doméstico e um cenário de oferta de animais relativamente confortável nos últimos dias além da continuidade do embargo aos embarques à China , os frigoríficos continuam exercendo pressão de baixa na arroba.

No entanto, os pecuaristas que têm boiadas para negociar evitam fechar negócios, numa tentativa de proteger as suas margens operacionais, já bastante prejudicadas pelos recuos nas cotações.

Nesta quarta-feira (3/11), o preço do boi gordo no mercado paulista ficou estável, a R$ 262/@, enquanto as cotações da vaca e novilha prontas para abater tiveram retração de R$ 2/@, atingindo R$ 250/@ e R$ 258/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), segundo dados levantados pela Scot Consultoria.

Segundo avaliação da IHS Markit, neste primeiro dia de negócios pós-feriado muitas indústrias frigoríficas não “soltaram preços”, uma vez que elas buscam avaliar melhor o efeito das vendas da carne bovina em seus estoques, para só depois traçar a estratégia de compra de gado gordo para a semana. “O fluxo de negócios seguiu fraco, com preços estáveis na maioria das praças pecuárias do Brasil”, informa a IHS.

Na visão da consultoria, entre algumas praças, a oferta de animais terminados começa a diminuir, o que pode neutralizar a pressão baixista nos preços da arroba. “No Mato Grosso do Sul, por exemplo, já há relatos de unidades de abate sinalizando preços mais firmes”, relata a IHS.

Nesse Estado, continua a consultoria, as indústrias trabalham para preencher as escalas de abate da próxima semana e admitiram que as ofertas de boiadas se mostram mais apertadas neste início de semana.

“Há relatos de compradores pagando preços mais altos em lotes de novilhas”, acrescenta a IHS, ainda citado a região do Mato Grosso do Sul.

No Mato Grosso, diz a consultoria, o movimento de baixa na arroba também parece ter perdido força.

No entanto, em Goiás, a fraca atuação dos compradores de gado mantém um quadro de fragilidade nos preços dos animais terminados.

Na região Sudeste do Brasil, os negócios também não avançaram nesta quarta-feira, embora já se tenha relatos, ainda não confirmados, de negócios pontuais acima das máximas vigentes, informa a IHS.

Na região Sul, os preços da arroba seguem estabilizados, apesar da baixa liquidez de negócios.

No Sul, relata a IHS, os fluxos de embarque ao exterior estão fortes, com foco nos países do Oriente Médio e da América do Norte.

Na região Norte do País, o mercado também mostra sinais de estabilidade e acomodação dos preços da arroba, relata a IHS.

“Embora a grande parte das indústrias frigoríficas locais estão terminados de preencher as escalas de abate da próxima semana, não parece existir mais tanto espaço para novas quedas nos preços da arroba bovina”, afirma os analistas da IHS, referindo-se às praças da região Norte.

A IHS lembra que, nas últimas semanas, muitos pecuaristas aceleraram as vendas de seus lotes confinados diante dos altos custo da ração.

Porém, observa a consultoria, lotes que não haviam alcançado peso ideal para abate foram tirados dos cochos e redirecionados ao campo, já que o retorno das chuvas abundantes vem colaborando para melhora gradual das pastagens em todo País.

Na bolsa B3, os contratos futuros do boi gordo também esboçaram reações e vem operando em campo positivo desde a virada de mês.

“O setor entende que a possibilidade de recuperação do consumo doméstico e a possível retomada das compras de carne pela China em breve podem destravar os negócios no mercado físico e criar um ambiente de preços mais firmes para a arroba bovina”.

No atacado, o fluxo de comercialização vem dando sinais de recuperação, condição também observada no varejo, movimento puxado pelo recebimento de massa salarial.

“O efeito da maior dinâmica de negócios foi suficiente para sustentar os preços dos principais cortes bovinos e neutralizar os movimentos de baixa”, ressalta a IHS.

A oferta de carne bovina segue regular, alinhada à demanda vigente para o período.

Cotações máximas desta quarta-feira, 3 de novembro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 256/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 242/@ (prazo)
vaca a R$ 233/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 234/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 241/@ (prazo)
vaca a R$ 233/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 242/@ (à vista)
vaca a R$ 231/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 233/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca R$ 238/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 241/@ (prazo)
vaca a R$ 234/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 281/@ (à vista)
vaca a R$ 238/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 241/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 269/@ (à vista)
vaca a R$ 259/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 272/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 290@ (à vista)
vaca a R$ 272/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 246/@ (prazo)
vaca a R$ 244/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 241/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 254/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 249/@ (à vista)
vaca a R$ 241/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 256/@ (à vista)
vaca a R$ 238/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO

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