No indicador Cepea, base Campinas (SP), a cotação variou 0,26% em relação ao dia anterior e passou de R$ 91,18 para R$ 91,42 por saca
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, com o embargo das exportações, os custos elevados de manutenção dos animais nos confinamentos preocupam cada vez mais os pecuaristas. O indicador do Cepea caiu para R$ 294,70 por arroba e chegou ao menor patamar desde o dia 20 de janeiro, quando ficou cotado a R$ 294,60.
Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo tiveram um dia misto, mas com as altas predominando. Apenas o contrato para novembro apresentou queda. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 298,70 para R$ 301,30, do outubro foi de R$ 297,20 para R$ 297,45 e do novembro foi de R$ 306,25 para R$ 305,15 por arroba.
Milho: saca tem alta pelo segundo dia consecutivo
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve o segundo dia consecutivo de alta. A cotação variou 0,26% em relação ao dia anterior e passou de R$ 91,18 para R$ 91,42 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 16,24%. Em 12 meses, os preços alcançaram 46,46% de valorização.
Na bolsa brasileira, a B3, a curva de contratos futuros do milho teve mais um dia de alta, ainda que bem mais leve que no dia anterior. O ajuste do vencimento para novembro foi de R$ 92,60 para R$ 93,16, do janeiro de 2022 passou de R$ 93,74 para R$ 94,14, do março foi de R$ 93,59 para R$ 94,15 e por fim, do maio saiu de R$ 89,10 para R$ 89,22 por saca.
Soja: cotações se valorizam com dólar
O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve um dia de valorização puxada pela alta do dólar em relação ao real. A cotação variou 0,66% em relação ao dia anterior e passou de R$ 173,85 para R$ 174,99 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 13,7%. Em 12 meses, os preços alcançaram 17,63% de alta.
Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja interromperam uma sequência de cinco dias positivos e apresentaram desvalorização. O vencimento para novembro, o contrato com mais negócios no momento, recuou 0,81% na comparação diária e passou de US$ 12,874 para US$ 12,77 por bushel.
Café: preços sobem forte em Nova York e no Brasil
Na bolsa de Nova York, após um dia de pausa, as cotações do café arábica voltaram a observar uma forte alta e encostaram no patamar de US$ 2,0 por libra-peso. O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, teve valorização de 2,56% na comparação diária e passou de US$ 1,9365 para US$ 1,986 por libra-peso.
De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no Brasil acompanharam a forte alta em Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.100/1.105 para R$ 1.145/1.150, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 1.110/1.115 para R$ 1.150/1.155 por saca
No exterior: mercados recuam com aumento de apostas em alta dos juros nos EUA
As bolsas norte-americanas recuaram na esteira do aumento dos juros futuros dos títulos do Tesouro dos EUA com prazo de 10 anos. As taxas chegaram a superar 1,5% ao ano. O mercado vai afinando as apostas para o corte no programa mensal de compra de ativos, estímulos monetários utilizados pelo Banco Central dos EUA (Federal Reserve).
O índice Dow Jones caiu 1,63% e foi a 34.299 pontos, o S&P 500 teve queda de 2,04% e passou a ser cotado a 4.352 pontos, e por fim, o Nasdaq recuou 2,83% e ficou cotado a 14.546 pontos. Os investidores agora monitoram dados de atividade econômica global e inflação, sobretudo nos EUA, para entender a dinâmica do mercado de juros.
No Brasil: exterior negativo pesa na bolsa brasileira
Com exterior muito negativo e o Banco Central indicando mais aumentos de juros, o Ibovespa teve forte baixa. Dessa forma, o principal índice de ações da bolsa brasileira recuou 3,05% na comparação diária e ficou cotado aos 110.123 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial teve valorização de 0,85% e passou de R$ 5,379 para R$ 5,424.
De acordo com a ata da última reunião de política monetária do Banco Central, o atual ritmo de ajuste é suficiente para atingir um patamar “significativamente contracionista” e garantir a convergência da inflação à meta em 2022. Ou seja, com estas palavras, a autoridade monetária indica novas altas, pelo menos duas, de 1,0 ponto percentual na taxa Selic nas próximas reuniões.
Fonte: Canal Rural