No Pará, uma iniciativa ganhou força após a pandemia e foi uma saída para alguns produtores venderem produtos. Por outro lado, ferramentas ainda se deparam com problemas antigos do campo, como dificuldade de acessar internet, de produzir em grande quantidade e falta de tecnologia nas lavouras.
Aplicativos de compra e venda de comida não são uma novidade, mas quando se trata de comercializar alimentos da agricultura familiar, a ferramenta pode ser inovadora para esses pequenos produtores, que têm dificuldades de acessar mercados.
E a pandemia deu o “start” para que algumas ideias começassem a sair do papel. É o caso Compras Coop-Pa, um aplicativo que tem conectado diretamente o consumidor final a agricultores familiares do estado do Pará, sem intermediários e taxas administrativas.
“Por não ter taxa, o preço que o agricultor coloca no produto é o que ele recebe e é o que o consumidor paga”, diz o gerente de desenvolvimento do Sistema da Organização das Cooperativas Brasileiras no Pará (OCB-PA), Diego Andrade.
O aplicativo, desenvolvido pela OCB em parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), foi uma das saídas encontradas por produtores do estado para escoar mercadorias durante a pandemia, que interrompeu, temporariamente, os principais canais de venda do setor: as feiras livres e compras públicas, como as para a merenda escolar.
Outra iniciativa, como a da Associação da Rede de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (RedeCoop), quer criar um canal direto entre agricultores familiares e redes de varejo do Mato Grosso.
O app, chamado de RedeCoop, já está pronto, mas enfrenta gargalos antigos do campo para ser colocado em prática, como a dificuldade de produzir em larga escala, falta de acesso à internet e de tecnologia nas lavouras.
Fonte: G1