Frigoríficos seguem truncando o mercado e os preços da arroba seguiram estáveis; Os preços devem, no curto prazo, não devem sofrer grandes alterações!
O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta quinta-feira, 12. As indústrias continuam a cadenciar suas compras, evitando a negociação de grandes lotes, dessa forma elas tentam segurar as especulações de alta no mercado. Já o pecuarista, segue avaliando as ofertas de preços e as confrontando com seus custos de produção, de olho na margem de lucro!
As indústrias frigoríficas , de forma geral, ainda se deparam com uma posição de maior conforto em suas escalas de abate, atendendo entre cinco e sete dias úteis, em média. Mas afinal, qual o preço da arroba pelo Brasil? Confira!
Segundo a Scot Consultoria, a escassez de boiadas levou os frigoríficos a melhorarem a oferta de compra em R$1,00/@ para o boi gordo na comparação diária, cuja cotação ficou em R$314,00/@, preço bruto e a prazo, R$313,50/@, livre de Senar, e em R$309,50/@, descontados os impostos (Senar e Funrural).
Ainda segundo a consultoria, no Oeste de Santa Catarina, o boi gordo segue apregoado a R$ 331,50, preço bruto e a prazo, sem descontar Funrural. Já em São Paulo, a posição confortável das indústrias mantém o viés de estabilidade nos preços! Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 318,40/@, na quinta-feira (12/08), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 303,98/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 310,75/@.
O Indicador do Cepea apresentou grande desvalorização no fechamento de ontem e os valores saltaram de R$ 318,65/@ para o patamar de R$ 314,30/@. O indicador parece ter se estabilizado, seguindo a mesma tendência das demais consultorias!
“Também é relevante destacar a redução do diferencial de base entre São Paulo e estados como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, com negociações realizadas praticamente no mesmo patamar de preço”, disse o analista da Agência Safras.
Pressão na oferta de animais
Segundo a IHS Markit, as indústrias frigoríficas brasileiras seguem registrando escalas de abate cada vez menores ao redor de 5 dias úteis, ou 7 dias corridos.
Na avaliação dos analistas da IHS, as expectativas de novos avanços nos preços da arroba em agosto não se consolidaram por conta do movimento de maior cautela das plantas abatedouras, que buscam saídas estratégicas para preservar as margens operacionais, bastante prejudicadas pelo baixo consumo da carne bovina no mercado interno e pelo altos preços da matéria-prima (boiada gorda).
Apesar da retração dos negócios entre indústrias e pecuaristas, os relatos de escassez de animais ganham cada vez mais força no mercado, especialmente na região Sul do País, informa a IHS.
Mercado Futuro
Nos contratos futuros do boi negociados na B3, há registro de novas variações positivas em quase todos os vencimentos. Os contratos com vencimento em outubro/21 e novembro/21 avançaram para R$ 323,75/@ e R$ 329,95/@, respectivamente. O contrato de vencimento mais curto (agosto/21) também subiu, permanecendo em linha com os preços praticados no mercado físico de São Paulo, relata a IHS.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318 na modalidade à prazo.
Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305.
Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 314.
Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 308, estável.
Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 314 a arroba.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios oferece menor expectativa de reajustes durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo.
A carne de frango ainda detém a predileção do consumidor médio em detrimento da carne bovina, que permanece em um patamar bastante proibitivo. “Mesmo com o potencial avanço da demanda doméstica, novos avanços dos preços da carne bovina são limitados por este fator”, disse Iglesias.
O quarto dianteiro foi precificado a R$ 17 por quilo. O quarto traseiro teve preço de R$ 21,25 por quilo, estável. Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 17 por quilo, estável.
Fonte: Compre Rural