Os preços da arroba voltaram a atingir níveis recordes e próximos de R$ 330,00/@ com a maior disputa pelo boi gordo no campo; Confira abaixo!
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quarta-feira, 23, a depender da praça pecuária avaliada. O mercado volta a se deparar com negociações acima da referência média diante da disputa pela matéria-prima no campo.
As indústrias estão, ainda, se deparando com escalas de abate relativamente confortáveis, posicionadas entre três e cinco dias úteis em média. Entretanto, a pressão negativa na oferta de animais para abate dificulta que negócios sejam concretizados a níveis mais baixos neste momento. Pecuarista não vai vender boi barato, isso é fato e necessário!
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 322,98/@, na quarta-feira (23/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 304,31/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 316,45/@.
Após bater o recorde histórico da série, o indicador do boi gordo do Cepea, calculado com base nos preços praticados em São Paulo, a cotação variou 0,35% em relação ao dia anterior e passou de R$ 319,90. No acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 19,13%. Em 12 meses, os preços alcançaram 48,71% de valorização.
Para bovinos que atendem o mercado internacional, os negócios podem chegar até R$327,00/@, preço bruto e à vista. O destaque continua sendo o mercado externo, com preços e demanda firmes em patamares mais elevados que aqueles para animais destinados ao mercado interno.
Na avaliação da IHS Markit, a atual estabilidade nas cotações da boiada gorda se baseia na dificuldade das indústrias em comprar animais terminados em volumes mais significativos e na dependência de lotes oriundos de confinamentos.
“Os pecuaristas exigem preços maiores pela boiada confinada, buscando compensar os altos custos de engorda no cocho”, relata a IHS.
Por sua vez, os frigoríficos preferem diminuir o ritmo das compras de gado gordo, buscando driblar a especulação altista, decorrentes da oferta restrita de animais terminados. Na B3, o contrato com vencimento em outubro/21 fechou o dia cotado a R$ 320,60/@, desvalorizando 0,05% no comparativo diário.
Outro fato que se destaca é a chegada do dólar comercial no menor nível desde março/2020, cotado a R$ 4,96. A melhora das perspectivas econômicas do Brasil, o aumento da taxa de juros do país e o discurso do presidente do FED, Jerome Powell, mostrando reticente em aumentar os juros norte-americanos justificam essa queda. Com isso, o preço da arroba do boi gordo em dólares rompe patamares históricos e encosta nos US$ 65,00/@.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
Com isso, em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 319, na modalidade à prazo, estável.
Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305 a arroba, estável.
Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311.
Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309 inalterada.
Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 312 a arroba estável.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios oferece pouco espaço para reajustes, avaliando a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo.
“É importante mencionar que o consumidor médio ainda opta pela carne de frango como sua proteína de escolha, considerando o menor impacto sobre a renda média”, disse Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,30 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.
Fonte: Compre Rural