A pouca umidade no solo continua persistindo para o Corn Belt, porém, novas condições esperadas de chuvas para os próximos dez dias poderiam começar a mudar este cenário. No entanto, ainda é cedo para dizer que nova safra norte-americana está consolidada e que os produtores já podem respirar aliviados. Ainda assim, caso essas chuvas se confirmem, elas poderiam estabilizar o processo de deterioração das lavouras.
“As regiões que sofreram mais nas últimas semanas foram o noroeste, o sudeste e o sul do cinturão do milho. E quando olhamos para as temperaturas, tanto no modelo americano, quanto no europeu, eles trazem temperaturas mais amenas para o sudeste, mas o noroeste as temperaturas ainda ficam acima da média”, explica Felippe Reis, analista de culturas da Geosys Brasil.
Reis afirma que com a nova temporada apenas no início de seu desenvolvimento, ainda há tempo para recuperação das lavouras naquelas regiões que sofrem mais com o tempo seco, como é o caso das Dakotas e de Minnesota. E a atenção tem se dado muito às temperaturas no cinturão, uma vez que muito acima da média poderiam tirar ainda mais do potencial produtivo das plantas.
Sobre as chuvas, o analista chama a atenção para as mudanças observadas no modelo americano, que começam a mostrar chuvas acima de 30, 35, 40 mm para regiões próximas à Iowa, Illinois e Indiana. “Essas condições já devem refletir no mercado nos próximos dias, já que deve ocorrer uma considerável melhora da umidade do solo e um bom desenvolvimento das lavouras caso ocorra”, diz.
E apesar da divergência que ainda aparece entre os modelos americano e europeu, ambos trazem condições melhores esperadas para os próximos dias, o que poderia, portanto regularizar os preocupantes índices de umidade do solo que têm sido registrados agora. E os dois mapas também, no entanto, ainda sinalizam falta de chuvas para as Dakotas, ou chuvas de volumes bem baixos, além de temperaturas acima da média.
Fonte: Noticias Agrícolas