O volume de animais ofertados é tímido neste momento, consequência da redução do confinamento de primeiro giro e preços promete semana de ouro!
O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais altos nesta segunda-feira, 7, apontando para uma semana de ouro nos preços da arroba. O ritmo das negociações seguem pautados por uma lacuna na oferta de animais para abate e a abertura de mês período de melhora no consumo interno unidos a uma retomada das exportações!
“Tanto frigoríficos quanto pecuaristas atuam de maneira cautelosa no mercado, avaliando as melhores estratégias de negociação para o restante da semana”, diz o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo a Scot Consultoria, na praça paulista as indústrias frigoríficas abriram as compras ofertando mais pela arroba nesta segunda. A necessidade de repor os estoques, associada ao ritmo mais lento das negociações nos dois últimos dias da semana passada, resultaram em alta de R$2,00/@ para todas as categorias destinadas ao abate, frente à última sexta-feira (4/6).
Com isso, o boi, a vaca e novilha gordos estão apregoados, respectivamente, em R$314,00/@, R$292,00/@ e R$304,00/@, preços brutos e a prazo. O ágio do macho com até quatro dentes voltado à exportação chega até R$8,00/@, dependendo da negociação.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 317,98/@, na sexta-feira (04/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 293,46/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 305,84/@.
Na praça paulista, os negócios estão atingindo preços de até R$ 325,00/@ para alguns lotes pontuais, conforme informado por fontes próxima as indústrias. Já o Indicador do Cepea, voltou a apresentar desvalorização de -2,69% e fechou apregoado em R$ 308,75/@, mesmo com a grande lacuna na oferta de animais para abate.
“O cenário geral é de oferta limitada de animais terminados, o que tem feito as indústrias frigoríficas ofertarem mais pelo preço da arroba. Além disso, as indústrias vêm enfrentando dificuldades para compor suas escalas de abate. Isso é observado em boa parte das praças pecuárias”, ressalta a analista da Scot Consultoria.
“Para as próximas semanas, com a entressafra, acreditamos que o preço da arroba se manterá firme até a saída dos animais de giro dos primeiros confinamentos”, complementa Thayná.
Mercado Futuro e Exportações
A arroba do boi gordo negociada na B3 voltou a subir no início da segunda semana de junho. Apenas a ponta mais curta, o contrato para junho, teve um leve recuo na curva futura. O vencimento mais curto passou de R$ 322,05 para R$ 321,75, o para outubro subiu de R$ 335,50 para R$ 337,15, e o para novembro, de R$ 335,80 para R$ 337,45 por arroba.
De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada tiveram forte aceleração na primeira semana de junho. Considerando a média por dia útil, foram exportadas 8,1 mil toneladas, uma alta de 34,2% em relação à última semana de maio.
Giro do Boi Gordo no Brasil
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318, na modalidade à prazo, ante R$ 317 na sexta-feira.
Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 301, inalterada.
Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 307, contra R$ 305.
Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 306 ante R$ 304 – R$ 305.
Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 308 a arroba, ante R$ 305.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina voltaram a subir. Conforme Iglesias, a reposição segue interessante ao longo da primeira quinzena do mês, avaliando a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. “Importante mencionar que o consumidor médio ainda opta por proteínas que causem menor impacto em sua renda média”, diz Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo, alta de cinco centavos. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo, alta de cinco centavos, assim como a ponta de agulha, com mesmo preço e variação.
Fonte: Compre Rural