Cotações do boi gordo no indicador Cepea indicam tendência de recuperação nas cotações; para a soja, o momento é de queda nos preços
Boi: indicador do Cepea chega ao maior patamar em um mês e meio
O indicador do boi gordo do Cepea, calculado com base nos preços praticados em São Paulo, subiu e atingiu o maior patamar em um mês e meio, consolidando assim, a recuperação após o auge da safra. A cotação variou 0,79% em relação ao dia anterior e passou de R$ 314,6 para R$ 317,1 por arroba. Com isso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 18,7%. Em 12 meses, os preços alcançaram 55,9% de valorização.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo recuaram em grande parte da curva, sendo que apenas a ponta mais curta teve uma leve alta. O ajuste do vencimento para maio passou de R$ 311,65 para R$ 312,50, do junho foi de R$ 324,65 para R$ 322,55 e do outubro, de R$ 342,60 para R$ 339,05 por arroba.
Milho: preços têm estabilidade e mercado fica lento
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços do milho no mercado brasileiro ficaram praticamente estáveis na comparação diária. Além disso, o ritmo de comercialização foi bastante lento e com poucos negócios registrados. Em Cascavel (PR), a saca passou de R$ 92/96 para R$ 94/98 e em Campinas (SP), de R$ 98/100 para R$ 98/102.
Em Chicago, as cotações recuaram em virtude de um movimento de realização de lucros após a forte alta do dia anterior. Os investidores também se atentaram ao fato de que nesta segunda-feira, as negociações estarão fechadas em decorrência de feriado nos Estados Unidos. O vencimento para julho recuou 1,17% e ficou cotado a US$ 6,566 por bushel.
Soja: cotações caem no Brasil acompanhando Chicago
O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços mais baixos, acompanhando mais uma queda em Chicago. A cotação variou -0,24% em relação ao dia anterior e passou de R$ 173,77 para R$ 173,35 por saca. Apesar disso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 12,64%.
Em Chicago, após uma boa alta que encerrou um período de sete dias consecutivos de desvalorização, as cotações da soja voltaram a cair. Assim como no caso do milho, os investidores adotaram postura de maior cautela em virtude do feriado desta segunda-feira nos Estados Unidos. O vencimento para julho caiu 0,43% e passou de US$ 15,37 para US$ 15,304 por bushel.
Café: preços renovam máxima histórica do Cepea pelo terceiro dia consecutivo
O indicador do café arábica do Cepea subiu novamente e renovou a máxima histórica da série pelo terceiro dia consecutivo. A cotação variou 1,44% em relação ao dia anterior e passou de R$ 864,74 para R$ 877,15 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 44,58% e em 12 meses, os preços alcançaram 63,72% de alta.
Em Nova York, o vencimento para julho disparou 4,51% e passou de US$ 1,5535 para US$ 1,6235 por libra-peso. Dessa forma, as cotações alcançaram os maiores níveis desde o final de 2016. O clima seco no Brasil para a safra de 2022 tem favorecido avanços nos preços do café nas principais bolsas mundiais.
No Exterior: inflação fica acima do esperado nos EUA, mas mercados mantêm otimismo
O índice PCE (Despesas de Consumo Pessoal, na tradução da sigla em inglês) dos Estados Unidos teve alta de 0,6% em abril e ficou dentro das expectativas de mercado. Porém, o núcleo do indicador, cálculo que exclui a variação de bens e serviços mais voláteis, foi de 0,7% e ficou acima do projetado pelos analistas. Além disso, na comparação anual, o núcleo passou de 1,9% para 3,1%.
Este indicador de inflação é conhecido por ser muito acompanhado pelo Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (FED). Ainda que tenha ficado ligeiramente acima das expectativas, os investidores interpretaram o resultado como em linha com a comunicação do FED de que a aceleração da inflação tende a ser transitória. Dessa forma, os mercados mantiveram o tom otimista e fecharam em leve alta.
No Brasil: Ibovespa sobe forte na semana e renova máxima histórica
O índice Ibovespa subiu 2,42% na semana e ficou cotado a 125.561 pontos. Dessa forma, a bolsa brasileira renovou a máxima histórica de fechamento. Apesar de o núcleo da inflação nos Estados Unidos ter ficado acima do esperado, isso não foi capaz de conter o otimismo dos mercados e isso se refletiu no Brasil.
Enquanto isso, o dólar comercial recuou 2,63% na semana em relação ao real e ficou cotado a R$ 5,2121. Este foi o segundo menor valor de fechamento da moeda norte-americana em relação à brasileira, ficando apenas acima do dia 14 de janeiro, quando ficou em R$ 5,2097. Hoje, segunda-feira, 31, o destaque da agenda econômica fica por conta do resultado fiscal do setor público consolidado.
Fonte: Canal Rural e Agências de Noticias