Covid-19 provocou pouco impacto na produção e comercialização do setor agropecuário

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A maioria dos produtores rurais brasileiros não observou grandes impactos decorrentes da pandemia da covid-19 nas atividades de produção e comercialização agropecuária. É o que aponta a 8ª Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural, iniciativa da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), realizada pela IHS Markit. Os resultados foram apresentados em webinar na manhã desta terça-feira.

Dos 3.048 produtores rurais entrevistados pela pesquisa, 64% apontaram que tiveram baixo impacto nas atividades de produção e 68% nas atividades de comercialização em virtude dos efeitos da pandemia do novo coronavírus. Na categoria forte impacto, 25% afirmaram que observaram grandes efeitos na produção e outros 23% na comercialização.

Em relação à imagem do produtor rural, os agropecuaristas responderam que a sua imagem perante à população urbana melhorou durante a pandemia. Durante a pandemia, 46% acreditam que a imagem do agropecuarista perante à população urbana é boa ou excelente e 54% acreditam que é regular ou péssima. A percepção da avaliação de sua imagem nos centros urbanos melhorou ao auferido antes da pandemia, quando 31% acreditavam que a imagem do produtor rural perante à população urbana era boa ou excelente e 69% percebiam que a imagem do agricultor era regular ou péssima.

O levantamento apontou também o perfil do produtor rural brasileiro. A média de idade é de 46,4 anos ante 46,5 anos do levantamento anterior, realizado em 2017. Dos entrevistados, 44% têm entre 41 a 60 anos. Quanto à escolaridade, 32% dos produtores tinham ensino médio completo e outros 24% ensino fundamental incompleto. Entre os que têm formação superior (10% da amostra), a predominância era de agrônomos, com 43%.

O mapeamento foi realizado com base em 2.310 entrevistas presenciais em propriedades agrícolas e 738 em propriedades pecuárias de 16 Estados do País. O nível de confiabilidade é de 90%. Entre os agricultores, a maior parte cultiva soja e, entre os pecuaristas, a maioria cria gado bovino de corte. Os participantes responderam 273 perguntas relacionadas ao dia-a-dia dos produtores rurais, como hábitos de compra, envolvimento com tecnologia e hábitos de mídia durante a pandemia da covid-19. “É preciso que se entenda o produtor por cultura, por porte e por Estado. Cada um desses perfis se comporta de forma diferente”, disse no evento o vice-presidente da Abmra, Ricardo Nicodemos.

A pesquisa também questionou os produtores sobre os eventos agropecuários. Dentre os eventos, os agricultores e pecuaristas consideram os Dias de Campo (56% e 33%) e as feiras e exposições (18% e 11%) como os eventos mais importantes para os seus negócios, à frente de palestras, congressos e seminários e leilões.

O mapeamento da Abmra revelou que a maioria dos produtores rurais (91%) não utiliza algum tipo de software na gestão da propriedade agropecuária. Destes, 83% utiliza caderno ou caderneta de papel, 35% utiliza planilha excel e 4% não faz controle ou registro formal das atividades.

Meios de comunicação – A TV aberta continua sendo a principal mídia utilizada pelos produtores rurais, apesar de ter diminuído a presença na comparação entre os levantamentos realizados em 2017 e 2021. Em 2021, 76% informaram que utilizam TV aberta ante 92% da pesquisa anterior. Já o uso de internet pelos produtores rurais aumentou de 42% para 74%. 71% também responderam que se informam pelo rádio, em comparação com 75% de 2017.

O levantamento mostrou também o maior uso do smartphone pelos produtores, passando de 61% que tinham um aparelho em 2017 para 94% em 2021. Entre os meios de comunicação digitais que o produtor utiliza para se manter atualizado sobre as atividades agropecuárias, a maior predominância era da rede social de mensagens WhatsApp(76%). Sobre a utilização de novas ferramentas de comunicação, apenas 9% dos entrevistados responderam que utilizam webinar, web conferência e Podcast. O uso de redes sociais aumentou com 90% respondendo que costumam acessar algum tipo de rede social ante 77% da pesquisa anterior.

Quanto à conectividade das propriedades rurais, 91% dos pecuaristas responderam que têm alguma conexão de internet (incluindo via rádio), enquanto 88% dos agricultores tinham alguma conexão de internet.

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