A base brasileira subiu apesar do segundo dia consecutivo de fortes ganhos do real
Os temores de que a soja possa estar perdendo área plantada nos Estados Unidos para o milho e o trigo podem estar por trás dos futuros da oleaginosa em alta, disseram fontes do mercado para a TF Agroeconômica. “Nesse cenário, as vendas líquidas de feijão ficaram dentro das expectativas do mercado em 165.300 toneladas para a semana encerrada em 29 de abril, queda de 44% em relação à semana anterior”, indica, citando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
“Na origem, a base brasileira subiu apesar do segundo dia consecutivo de fortes ganhos do real brasileiro em relação ao dólar norte-americano, bem como dos futuros da CBOT em alta. No mercado de papel de Paranaguá, os prêmios de junho e julho foram avaliados 5 c/bu mais no dia a menos 20 c/bu e menos 3 c/bu sobre o julho futuro, respectivamente. Os embarques de junho foram avaliados em US$ 568,00/t, US$ 8,75/t a mais no dia, impulsionados pelo aumento da CBOT e pela alta”, completa.
No mercado FOB da Argentina, os prêmios permaneceram estáveis no dia, com os contratos de junho avaliados em menos 36 c/bu sobre os futuros de julho, equivalendo a $ 562,25/t, enquanto no CIF dos EUA a base barcaça caiu 1-3 c/bu no dia com embarques de junho avaliados em 97 c/bu sobre os futuros de julho, equivalente a $ 611,00/t.
“Na frente do CFR, a atividade comercial no mercado de soja chinês estava quieta, uma vez que voltou na quinta-feira, após um intervalo de cinco dias do Dia do Trabalho. Os futuros da soja CBOT subiram mais alto esta semana, enquanto os prêmios CFR permaneceram praticamente estáveis, impactando negativamente as margens de esmagamento e mantendo a demanda chinesa por soja silenciada”, conclui.
Fonte: Agrolink