A instituição já reagiu elevando a taxa básica de juros Selic, e diz que a situação está sob controle no momento
O Comitê Política Monetária (Copom) do Brasil Central destacou nesta quarta-feira que a alta nos preços das commodities seguem pressionando a inflação. O colegiado decidiu nesta data, por unanimidade, elevar a Selic (a taxa básica da economia) em 0,75 ponto porcentual, de 2,75% para 3,5% ao ano.
“Com exceção do petróleo, os preços internacionais das commodities continuaram em elevação, com impacto sobre as projeções de preços de alimentos e bens industriais. Além disso, a transição para patamares mais elevados de bandeira tarifária deve manter a inflação pressionada no curto prazo”, apontou o comunicado.
Ainda assim, o Copom insistiu no diagnóstico de que os choques atuais são temporários, e reiterou que segue atento à sua evolução. De acordo com o documento, as diversas medidas de inflação subjacente estão “no topo” do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação. Na reunião anterior, em março, a avaliação era de que elas estavam “acima” desse intervalo.
Em relação à atividade doméstica, o colegiado destacou que os indicadores recentes mostram uma evolução mais positiva do que o esperado, embora a intensidade da segunda onda da pandemia seja maior que a prevista. “Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia ainda permanece acima da usual, mas aos poucos deve ir retornando à normalidade”, completou o Copom.
Sobre o cenário externo, a avaliação do BC é de que os novos estímulos fiscais em alguns países desenvolvidos e o avanço da vacinação contra covid-19 devem levar a uma recuperação “mais robusta” da atividade ao longo do ano.
“A presença de ociosidade, assim como a comunicação dos principais bancos centrais, sugere que os estímulos monetários terão longa duração. Contudo, questionamentos dos mercados a respeito de riscos inflacionários nessas economias podem tornar o ambiente desafiador para países emergentes”, concluiu o Copom.
Fonte: Estadão Conteúdo