Na média de todos os Estados e categorias de machos e fêmeas anelorados, as cotações subiram 2,4% na última semana, informa a Scot Consultoria
Na última semana, o mercado brasileiro de animais para reposição registrou preços firmes nas principais praças pecuárias brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o segmento.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na média de todos os Estados e categorias de machos e fêmeas anelorados, as cotações subiram 2,4% na última semana, na comparação com o valor médio registrado na semana anterior.
Essa alta foi puxada pelo avanço dos preços das fêmeas (+2,8%), considerando a média de todas as categorias e Estados monitorados pela Scot, frente à valorização de 2% da média das categorias dos machos anelorados.
No mesmo período analisado (última semana), houve uma maior demanda pelas fêmeas mais eradas, acrescenta a Scot. Considerando a média de preços de vacas e novilhas, o aumento semanal foi de 3,2%, ante o avanço de 2,3% na média de bezerra de ano e desmama.
No entanto, relata a IHS Markit, o volume de negociações permanece abaixo da média, por conta da enorme escassez de oferta de animais jovens nos leilões espalhados pelo País.
“Muitas leiloeiras não realizaram operações ao longo da última semana, tanto em virtude da escassez de animais quanto pela posição de cautela dos pecuaristas, que enfrentam altos custos”, observa a IHS.
Segundo a consultoria, os custos recordes da nutrição e os elevados preços da reposição impossibilitam os produtores pequenos e médios de adquirir grandes volumes de gado jovem.
Portanto, relata a IHS, atualmente, os negócios no mercado de reposição abrangem sobretudo os produtores que possuem lavouras (evitando, assim, a compra de grãos), que podem, dessa maneira, confinar os seus animais a custos mais baixos.
“Esses grandes confinadores, por hora, preferem adquirir animais de propriedades menores, que não conseguem bancar a engorda de seus lotes em confinamento”, observa a IHS Markit.
Além disso, o grande apetite internacional por novilhas (entre 12 e 15 meses de idade) deixa a oferta de animais jovens ao mercado interno ainda mais enxuta.
“Em algumas regiões, as novilhas vendidas para abate já alcançam os mesmos patamares de preço da arroba do boi gordo”, informa a IHS.
Fonte: Portal DBO