Fatores nacionais para emissão e remoção de gases de efeito estufa na agropecuária estão em coletânea inédita do Mapa

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Cerca de 400 pesquisadores apresentam indicadores que levam em consideração a forma de cultivo, os diversos biomas brasileiros e outros fatores que mostram a realidade dos sistemas produtivos do país

Você sabia que ostras e mexilhões contribuem ambientalmente com o armazenamento de carbono em suas conchas? Ao sequestrar um dos gases causadores do efeito estufa da atmosfera, a malacocultura – produção de ostras, mexilhões e vieiras -, se enquadra como um sistema sustentável já que também não impacta no balanço natural com a emissão desses gases. Assim, contribui para a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico nacional, podendo atender às crescentes demandas por proteína animal.

Essas informações fazem parte de uma das pesquisas lançadas, nesta sexta-feira (9), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre os fatores de emissão e remoção de gases de efeito estufa (GEE) na pecuária e agricultura nacionais. Em formato de coletânea, cerca de 400 pesquisadores apresentam indicadores, muitos inéditos, que levam em consideração a forma de cultivo, os diversos biomas brasileiros dentre outros fatores capazes de mostrar a realidade dos sistemas produtivos do País. 

“Em um ano tão importante como 2021 para o clima, lançamos essas Coletâneas tão importantes. Ampliamos a disponibilidade de dados sobre os sistemas nacionais que levam efetivamente em conta as especificidades edafoclimáticas do Brasil, a partir de metodologias científicas e aceitas internacionalmente”, disse a ministra Tereza Cristina ao lembrar importantes agendas climáticas internacionais a serem realizadas ao longo do ano como a Cúpula da Terra e a COP-26.

A diretora de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa, Mariane Crespolini, explicou que, já no último Inventário Nacional, entregue pelo Brasil em dezembro de 2020, a agropecuária já utilizou fatores próprios de emissão (Tier 2). As coletâneas agrupam informações adequadas para a agropecuária desenvolvida em clima tropical, podendo ser utilizadas por outros países com condições agropecuária e climática semelhantes

“Esses dados são fundamentais para quantificar mais precisamente as emissões nacionais, permitindo disponibilizar informações adequadas à sociedade, e, sobretudo, direcionar adequadamente o desenho da política setorial nacional de enfrentamento à mudança do clima”, defendeu.

Nas coletâneas, pode-se encontrar dados das pesquisas sobre os fatores de emissão e remoção de GEE para cana-de-açúcar, grãos, sistemas integrados de produção e florestas plantadas; pequenos ruminantes, grandes ruminantes e não ruminantes (suinocultura, frango de corte e pisicultura em tanque-rede).

Integração

Líder em exportação de carne bovina, o País apresenta transformações importantes nas últimas duas décadas com a redução expressiva das emissões de GEE totais por quilo de carne ou por litro de leite. Assim verificaram os estudos, levando sempre em consideração o ambiente em que o animal é criado, e não somente a emissão de gases decorrentes do processo de ruminação.

Pelos sistemas de rebanho bovino em integração, para os quais o Brasil é referência mundial, o modelo de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) permite mitigar ou até neutralizar as emissões de gases de efeito estufa quando se tem a presença de árvores, tornando o processo de produção ainda mais sustentável a partir do melhoramento genético e manejo adequado de pastagens como estratégias, por exemplo.

Neste contexto, é possível até a comercialização de uma carne com o selo carbono neutro, que atesta que os animais que deram origem ao produto tiveram as emissões de metano entérico compensadas durante o processo de produção pelo crescimento de árvores no sistema de integração LPF. “Proporcionar um produto que garanta a segurança alimentar, alinhado com as grandes tendências mundiais para o setor, como as mudanças climáticas, é muito estratégico”, destacou Mariane.

“É importante dizer para o mundo que a agropecuária brasileira emite cada vez menos gases de efeito estufa, e nós também promovemos a remoção de suas emissões”, comentou o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo. 

Neste sentido, as Coletâneas agrupam o que há de mais recente em dados nacionais, além de apoiar o processo de revisão do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), com insumos de base científica para o fortalecimento das estratégias para o desenvolvimento de uma agropecuária sustentável. 

Também participaram da live de lançamento das Coletâneas o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, o secretário adjunto de Inovação do Mapa, Pedro Neto, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara.

Fonte: MAPA

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

Autor

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *