Alga marinha na dieta de bois reduz em mais de 80% emissão de metano, aponta estudo

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

A produção de gado sustentável e com menos impactos ambientais é uma realidade cada vez mais próxima, aponta estudo da Universidade da Califórnia, Davis, nos Estados Unidos. Em uma fazenda de gado confinado, uma parte do rebanho recebeu algas misturadas à ração e teve sua emissão de metano reduzida em mais de 80%.

A alimentação consistia em 80 gramas diárias de alga vermelha misturada à ração. Essa planta tem a característica de inibir uma enzima presente no sistema digestivo de vacas que contribuem para a produção de metano.

Cinco meses depois, sem que houvesse qualquer alteração de peso, cada animal que recebeu a mistura emitiu 82% menos metano em relação aos que se alimentaram normalmente.

Experiências in vitro já indicavam que a alga reduzia a quase zero a produção anaeróbica de metano no processo da digestão. Mas foi em 2018 que o primeiro teste da pesquisa em escala real foi feito.

E os pesquisadores conseguiram diminuir em 50% as emissões de metano de vacas depois de suplementar suas dietas com alga marinha por duas semanas. O estudo mais recente serviu para mostrar que esse efeito se mantém com o tempo.

“Agora temos evidências sólidas de que a alga marinha na dieta bovina é eficaz na redução de gases do efeito estufa e que essa eficácia não diminui com o tempo”, afirmou o pesquisador Ermias Kebreab para o Science Daily.

Kebreab é professor do Departamento de Ciência Animal em Davis, e diretor do World Food Center. O estudo, que teve resultado publicado no jornal Plus One, foi conduzido por ele em parceria com sua aluna de Ph.D. Breanna Roque.

Além do resultado sustentável para o meio ambiente, o experimento mostrou que essa alimentação não interfere no gosto da carne nem do leite. Agora os cientistas estudam formas de produzir a alga Asparagopsis taxiformis, espécie utilizada na pesquisa, pois o que tem na natureza não é suficiente para aplicação em larga escala.

Outro problema é a aplicação desse tipo de dieta com o rebanho criado em pasto extensivo, como no Brasil, onde o confinamento responde por menos de 5% do rebanho nacional e a maior parte só é confinada nas fases de terminação, antes do abate. Ainda assim, esse tipo de estudo não deixa de ser importante, especialmente pensando no Brasil, onde a pecuária representa cerca de 20% das emissões de metano.

Fonte: Revista Globo Rural

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