EUA: Preço de terras dispara com reviravolta do mercado agrícola e alta das commodities

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A pandemia de covid-19, baixas taxas de juros, auxílio governamental e a reviravolta no mercado agrícola, impulsionada pela recuperação dos mercados de grãos, provoca uma corrida por terras agricultáveis nos Estados Unidos.

No cinturão do Meio-Oeste norte-americano, a busca por terras está movimentando um mercado paralelo de vendas de áreas para plantio, que ocorre em centros comunitários de pequenas cidades, portais online e estacionamentos. Lances nos leilões da era covid-19 são feitos com um aceno da janela de uma caminhonete ou um rápido flash de faróis. E os preços disparam.

“A cada mês, parece que estamos estabelecendo novas máximas nos leilões que estamos realizando”, disse Mike Norgaard, co-proprietário da Northwestern Farm Management Co., que vende e aluga terras em Estados como Iowa e Minnesota. Em 2020, o valor da terra nesses Estados havia caído cerca de 15%, pressionado por uma queda nos preços agrícolas, que cortou a renda dos agricultores e levou alguns à falência.

Administradores de fazendas dizem que cada vez mais pessoas estão competindo por terras e que alguns lotes estão sendo vendidos até acima dos preços observados durante o boom agrícola norte-americano, há uma década. A alta dos preços dos grãos no outono passado causa otimismo nos agricultores, de acordo com relatórios de fevereiro de três bancos regionais do Federal Reserve (FED, banco central dos EUA). Os preços das terras na região que cobre partes de Illinois, Indiana, Iowa, Michigan e Wisconsin, subiram 6% no ano passado, o maior aumento desde 2012, disse um desses bancos.

A competição entre os fazendeiros dos EUA é intensa e “feroz”, já que as terras agrícolas diminuíram 25% desde 1950, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os investidores também apostaram em terras agrícolas, com fundos pensão e fundos de hedge conquistando terreno como alternativa às ações e títulos.

Poucos fazendeiros agora dominam os 900 milhões de acres restantes do país, com 75% das terras cultivadas controladas por cerca de 13% das fazendas, mostram os dados. Os preços mais altos aceleram a consolidação, tornando mais difícil para os agricultores menores e menos lucrativos conseguirem entrar neste mercado, dizem credores agrícolas e administradores de terras.

Fonte: Dow Jones Newswires

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