Segundo a Scot Consultoria, os novos casos de peste suína africana na China aceleram a demanda pelo produto brasileiro neste momento
As vendas de carne suína do Brasil seguem a todo vapor. Após registrar alta de 6,12% no primeiro bimestre, a demanda pelo produto brasileiro segue firme. No acumulado de março até a terceira semana, o volume exportado chegou a 66,157 mil toneladas.
De acordo com Felipe Fabbri, analista de mercado da Scot Consultoria, o número parcial de março ficou acima das expectativas do mercado. “Esperava-se uma retomada firme dos embarques após as festividades de Ano Novo Lunar na China, e isso se concretizou, mas bem acima do esperado. Os volumes embarcados diariamente estão bem acima dos volumes registrados nos últimos 6 meses, com alta de 53,3%”, destaca.
Os dados preliminares do ministério da Economia mostram que os números parciais já superam o montante enviado ao exterior durante todo o mês de marco em 2020, quando o Brasil exportou 63,296 mil toneladas.
Segundo Fabbri, o bom momento das exportações é pautado pela demanda chinesa, que volta a sentir os efeitos da peste suína africana. “As recentes notícias sobre novos casos da doença acabaram impulsionando os embarques novamente e, além disso, a questão cambial também colabora com o cenário, com a carne suína brasileira mais acessível no mercado internacional”, pontua.
O apetite chinês pela carne suína mundial mantém uma tendência de alta neste ano. Dados da Administração Geral de Alfândegas da China mostram que as importações do produto cresceram 26,2% em volume no primeiro bimestre, totalizando 700 mil toneladas.
Fonte: Canal Rural