O produtor de soja de Mato Grosso financiou 35% da safra 2020/21 com multinacionais ou tradings esmagadoras e exportadoras da oleaginosa, informou há pouco o responsável por soja do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Marcelo Durigon. Na safra passada, o porcentual era de 28%, informou o analista, que participou nesta tarde de evento do Imea para apresentar um balanço do setor agropecuário no Estado em 2020 e perspectivas para 2021.
Além disso, o sojicultor usou menos recursos próprios para custear o plantio e tratos culturais. Apenas 17% tiraram dinheiro do próprio bolso para pagar a safra, ante 19% em 2019/20. Segundo Durigon, esses avanços ocorreram mesmo com o produtor capitalizado – em função dos preços recordes da oleaginosa em 2020. “Ele preferiu pegar dinheiro no mercado, pois havia a vantagem dos juros baixos.” Entre outras fontes de financiamento para a atual safra estão bancos com recursos federais (11%); sistema financeiro (sem juros subsidiados), 24% e revendas (13%).
Durigon informou também que o custo de plantio da safra 2020/21 em Mato Grosso deve alcançar R$ 24,81 bilhões, na base de R$ 2.400 por hectare.
Fonte: Broadcast Agro