Chicago também perde força na semana
A sexta-feira (04) chega ao fim com os preços do milho registrando mais movimentações negativas no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas em Brasília/DF (3,03% e preço de R$ 68,00).
Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS (1,28% e preço de R$ 77,00), Panambi/RS (1,29% e preço de R$ 78,00), Palma Sola/SC (1,43% e preço de R$ 69,00), Cascavel/PR (1,50% e preço de R$ 65,50), Pato Branco/PR (1,50% e preço de R$ 65,70), Cândido Mota/SP (1,52% e preço de R$ 65,00), Ubiratã/PR, Londrina/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (1,53% e preço de R$ 64,50) e Eldorado/MS (1,58% e preço de R$ 62,30).
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho segue sob pressão negativa em função do aumento da oferta do milho tributado e também pelo recuo do dólar frente ao real nos últimos dias. O comprador segue recuado em praticamente todas as praças”.
A consultoria SAFRAS & Mercado destacou que o mercado brasileiro de milho registrou preços mais baixos nesta semana. “A oferta efetivamente melhorou nas principais praças de comercialização, resultando em declínio nos valores do cereal. O ritmo dos negócios foi lento, com os compradores mostrando estarem relativamente bem abastecidos”.
O consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, apontou que “a maioria dos compradores está posicionada em estoques para o fechamento do ano. E os produtores estão aumentando as ofertas para liberarem armazéns para a colheita da safra de verão, sobretudo para a soja”.
B3
Os preços futuros do milho operaram em queda durante toda a sexta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,03% e 1,56% por volta das 17h14 (horário de Brasília).
O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 69,68 com baixa de 0,03%, o março/21 valia R$ 70,53 com perda de 0,13%, o maio/21 era negociado por R$ 68,74 com desvalorização de 0,52% e o julho/21 tinha valor de R$ 65,72 com queda de 1,56%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, este movimento é normal para a primeira semana de dezembro, quando as indústrias de ração começam a entrar em férias coletivas e manutenção de equipamentos para se prepararem para retomar as atividades na segunda semana de janeiro.
“O período tem queda forte na demanda por ração do setor granjeiro, que já consumiu muito anteriormente para se preparar para os abates do final de ano. Então houve essa queda forte nas cotações onde estava muito valorizado”, explica.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também recuou nesta sexta-feira para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 5,50 e 6,00 pontos ao final do dia.
O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,17 com perda de 5,50 pontos, o março/21 valeu US$ 4,20 com desvalorização de 6,00 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,23 com baixa de 5,50 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,24 com queda de 5,50 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 1,18% para o dezembro/20, de 1,41% para o março/2, de 1,17% para o maio/21 e de 1,17% para o julho/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam desvalorizações de 1,88% para o dezembro/20, de 3% para o março/21, de 2,98% para o maio/21 e de 2,97% para o julho/21 na comparação com a última sexta-feira (27).
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho caíram com as previsões de chuvas benéficas no norte e centro do Brasil, embora as preocupações com as condições de seca na Argentina e no extremo sul do Brasil tenham sustentado os mercados.
A publicação destaca ainda que, os futuros do milho abrandaram na sexta-feira com a liquidação de longo prazo.
“Rumores surgiram nas últimas semanas sobre a demanda de exportação chinesa de milho dos EUA, mas as únicas vendas recentes de milho confirmadas pelo sistema de relatórios diários do USDA foram para o México ou destinos desconhecidos”, acrescenta Julie Ingwersen da Reuters Chicago.
Fonte: Noticias Agrícolas