Frigoríficos não têm outra saída e pagam mais pela arroba

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Compradores estão se colocando de forma mais ativa nos negócios, diante da necessidade de recomporem os estoques e se programarem para a etapa final de 2020

Nesta terça-feira (10/11), os preços do boi gordo subiram fortemente em diversas regiões do País, reforçando ainda mais a tendência de alta no mercado, que parece não ter mais fim. Na praça de São Paulo, os negócios com boiada pronta para abate foram fechados, hoje, a R$ 288/@, a prazo, enquanto que, em Dourados-MS, os frigoríficos pagaram R$ 280/@ à vista, segundo levantamento da IHS Markit (veja no final desta páginas os preços de machos e fêmeas desta terça-feira tem todas as principais praças pecuárias do Brasil).

Mesmo com os preços nas alturas (recordes reais são rompidos quase que diariamente), a indústria não tem outra saída a não ser aceitar “quietinha” os valores impostos pelos pecuaristas, pois há um apagão de boiadas no País, justamente num período de forte demanda pela carne bovina tanto interna quanto externa.

“Além do volume expressivo dos embarques de carne ao exterior neste mês de novembro, o período atual é caracterizado por maior consumo doméstico devido à proximidade das festividades de final de ano”, justifica a IHS Markit, acrescentando que a entrada de massa salarial no mercado neste início de mês elevou o poder aquisitivo da população – e consequentemente a busca por proteínas de maior valor agregado, como a carne vermelha.

Com isso, continua a consultoria, os frigoríficos se colocaram de forma mais ativa nos negócios diante da necessidade de recompor estoque e se programar para etapa final de 2020. Na avaliação da IHS, mesmo com os preços em patamares recordes, “cresce o grau especulativo de que há espaço para novas altas no curtíssimo prazo, tanto em função do descompasso entre oferta e demanda de animais prontos para abater, bem como pelo retardamento na engorda do gado extensivo nos pastos devido ao atraso das chuvas neste ano”.

Entre as praças da região Centro-Sul, destaque para o elevado volume de transação de animais terminados entre os Estados, como forma de driblar as dificuldades de aquisição locais. Segundo a IHS, a indústrias frigoríficas de São Paulo e Paraná continuam recorrendo a lotes oriundos de Estados vizinhos, sobretudo em praças da região Centro-Oeste – o objetivo principal dessa “varredura” pelas regiões pecuária é atender sobretudo os compromissos com o mercado externo. “Há também compradores do Sudeste atuando em praças do Norte”, informa a IHS.

Exportações aquecidas

Na primeira semana de novembro (4 dias uteis), o Brasil exportou 10,5 mil toneladas de carne bovina in natura por dia, desempenho 35% superior à média de novembro/19 e um salto de 29% frente à de outubro passado. A forte retomada das vendas ao exterior é atribuída à maior procura por parte da China, além de outros antigos parceiros comerciais.

No mercado atacadista, o fluxo das vendas segue regular, condição que continua a sustentar os preços em patamares firmes. No entanto, cresce as expectativas de alta nos preços dos cortes bovinos no curtíssimo prazo, devido à previsão de maior consumo da proteína ao longo do próximo fim de semana.

Confira as cotações desta terça-feira, 10 de novembro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 263/@  (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 261@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 272@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 262/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 272/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 262/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca R$ 258/@  (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 271/@  (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 276@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 257/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 258/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 255/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 255/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 266@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 262/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 256@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 263/@ (à vista)
vaca a R$ 254/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 258@ (à vista)
vaca a R$ 247/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

Autor

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *