Expectativa é de maior movimento a partir do pagamento dos salários nos próximos dias
O mercado físico do boi gordo abriu a última semana de julho com preços firmes nas principais praças pecuárias brasileiras, embora com baixa liquidez nos negócios, de acordo com dados da IHS Markit divulgados nesta segunda-feira, 27 de julho.
Os frigoríficos ainda avaliam os resultados das vendas de carne bovina no último final de semana para traçar uma estratégia mais adequada para as negociações dos próximos dias. Além disso, a cautela nas compras de boiadas deve-se ao período final do mês, marcado pelo menor poder aquisitivo da população, o que reduz o ritmo do escoamento dos cortes bovinos para os atacados.
Nesse contexto, relata a consultoria IHS Markit, os frigoríficos que atendem sobretudo o mercado interno diminuem o ritmo das aquisições de gado para abater, equilibrando a produção com a demanda vigente por proteínas no País.
No entanto, as indústrias exportadoras conseguem trabalhar melhor as suas margens, já que o desempenho da carne brasileira no mercado externo segue bastante positivo, puxado pela forte atuação chinesa.
Na ponta vendedora, a oferta restrita de gado tem mantido forte pressão altista nas cotações da arroba, destaca a IHS Markit. “Os pecuaristas optam por reter os poucos animais disponíveis para abate, especulando preços mais altos nos negócios, na tentativa de melhorar o seu poder de compra com o gado de reposição”, informa a consultoria.
Os preços do gado magro registraram trajetória de alta nos últimos meses e, mesmo com as cotações do boi gordo oscilando em patamares bastante firmes, recriadores e invernistas ainda se deparam com uma baixa relação de troca entre animais jovens e destinados à engorda/terminação.
Dessa maneira, mesmo com a perspectiva ruim para as vendas de carne no mercado interno nesta última semana de julho, a tendência para os preços da boiada gorda é de manutenção da pressão altista, sustentada pela baixa oferta de gado e pela necessidade de aquisições por parte dos frigoríficos habilitados para exportação.
Além disso, a demanda interna pela carne bovina pode apresentar certa recuperação no início de agosto, com a entrada de salários de parte da população e as comemorações de Dia dos Pais.
Confira as cotações:
SP-Noroeste:
boi a R$ 223/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 210/@ (à vista)
vaca a R$ 198/@ (à vista)
MS-C. Grande:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 200/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 200/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 196/@ (prazo)
vaca a R$ 184/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 184/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 198/@ (prazo)
vaca a R$ 190/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 196/@ (à vista)
vaca a R$ 184/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 190/@ (à vista)
vaca a R$ 181/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 210/@ (prazo)
vaca R$ 201/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 211/@ (prazo)
vaca a R$ 201/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 215/@ (à vista)
vaca a R$ 197/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 218/@ (prazo)
vaca a R$ 206/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 218/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 222/@ (à vista)
vaca a R$ 215/@ (à vista)
RS-P.Alegre:
boi a R$ 220/@ (à vista)
vaca a R$ 213/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 220/@ (à vista)
vaca a R$ 213/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 208/@ (prazo)
vaca a R$ 200/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 206/@ (prazo)
vaca a R$ 199/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 208/@ (prazo)
vaca a R$ 198/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 203/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 210/@ (à vista)
vaca a R$ 202/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 191/@ (à vista)
vaca a R$ 183/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 207/@ (prazo)
vaca a R$ 195/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 207/@ (à vista)
vaca a R$ 193/@ (à vista)
Fonte: Portal DBO