Resultado da BRF em 2020 será positivo, afirma CEO

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Mesmo com covid-19, empresa deve manter trajetória de lucratividade

Mesmo com o impacto negativo da covid-19, a BRF está “caminhando” para ter um ano de “resultados positivos”, afirmou na última sexta-feira o CEO da companhia de alimentos, Lorival Luz.


Em live promovida pela “Exame”, o executivo evitou comentar os resultados do segundo trimestre que serão divulgados pela companhia em 12 de agosto, mas ressaltou que a retomada da lucratividade da companhia é consistente.

Após passar por uma reestruturação financeira e operacional, a BRF fechou 2019 no azul, reportando o primeiro lucro anual desde 2015. Durante a live, Luz destacou o processo de recuperação das margens de lucro da empresa e da redução do índice de endividamento.


A margem bruta, que caiu a quase 10%, voltou para o patamar de 25% nos últimos resultados trimestrais divulgados pela BRF. O índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda), que atingiu um nível considerado preocupante de 6 vezes, caiu a menos de 3 vezes.


De acordo com o CEO da BRF, o objetivo é, com a geração de resultados, reduzir esse indicador de endividamento ainda mais. No início de março, a empresa projetou encerrar o ano com uma alavancagem entre 2,35 vezes e 2,75 vezes.


O executivo não fez comentários sobre a gestão da dívida durante a live, mas a BRF anunciou medidas recentemente, trocando parte do passivo denominado em dólar por dívidas em reais. Com isso, a empresa pode se beneficiar dos juros baixos no Brasil e evitar o impacto da alta do dólar, além de alongar o prazo médio de vencimento das dívidas. No fim de março, a dívida bruta do grupo somava R$ 24,5 bilhões, dos quais R$ 17,9 bilhões são em moeda estrangeira.


Na semana retrasada, a BRF informou que captará R$ 2,2 bilhões em debêntures – os papéis serão o lastro para a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) da securitizadora Vert. A captação será feita em duas séries, com títulos que vencem em sete anos (R$ 705 milhões) e debêntures de dez anos (R$ 1,495 bilhão) e juros anuais de 5,3% e 5,6% ao ano, respectivamente. Os títulos serão corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Ao mesmo tempo, a BRF está recomprando US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) em títulos emitidos no exterior e que vencem entre 2022 e 2026. Por esses papéis, a companhia paga juros anuais entre 2,75% e 5,875%.

Fonte: Valor Econômico

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