O preço futuro do boi gordo segue acumulando queda em fevereiro, com o contrato para maio alcançando o menor patamar em 2 meses.
O mercado futuro do boi gordo segue mais pressionado que o mercado físico, precificando um movimento de queda de preço ao longo da primeira metade do ano, como mostram os dados da primeira Figura para o vencimento de maio.
A Figura abaixo ilustra a evolução diária do preço do boi gordo no mercado futuro, para maio de 2025 (B3) em Reais por arroba.

O preço do boi gordo (Cepea) acumula alta de 1,7% em relação ao valor que encerrou 2024 (R$317,4), cotado a R$322,8 por arroba em fevereiro (12). Vale destacar também que a média parcial de fevereiro (até o dia 12) de R$325,3 por arroba ficou praticamente estável em relação a média nominal de janeiro de 2024 (R$325,0), mas 36,8% acima que a média nominal de fevereiro de 2024 (R$237,8). No caso do contrato para vencimento em maio de 2025, o preço acumulou queda de 5,6% entre o final de 2024 e a parcial de fevereiro (12), cotado a R$306,0 por arroba (considerando os valores do after-market).
A maior queda no mercado futuro em relação ao físico tem aumentado o deságio entre o preço atual e esperado da arroba (segunda Figura). A diferença entre o preço atual da referência no físico (Datagro) e o futuro, para maio, por exemplo, foi de R$17,1 por arroba ou 5,6% em fevereiro (12). Isso mostra que o mercado futuro precifica uma queda de R$17,1 por arroba entre fevereiro (12) e maio de 2025.
Nesse contexto, é importante observar que o investidor Pessoa Física segue com saldo positivo na posição de venda, o que sugere uma maior percepção de proteção no curto prazo, como mostram os dados da participação, por tipo de investidor, na B3.
A Figura abaixo apresenta dados de preço do boi gordo no mercado físico (Datagro) e dos contratos futuros, segundo B3, entre fevereiro e julho de 2025, em Reais por arroba, no dia 12 de fevereiro, considerando os valores do after-market.

O preço futuro do boi gordo segue pressionado no curto prazo, o que não altera a percepção de valorização, especialmente para a segunda metade do ano.
Como destacado, o mercado é volátil e movimentos de queda são normais e não anulam a expectativa de alta no longo prazo. O preço não sobe como também não cai continuamente, sem movimentos de correção. E apesar da expectativa de queda no curto prazo os preços seguem cotados a patamares muito acima do praticado no mesmo período de 2024 (terceira Figura).
Em 2024 o Brasil apresentou abate de bovinos recorde, ou seja, nunca produziu tanta carne bovina, estimulado também por uma maior oferta de fêmeas. Em 2025 isso deve mudar, especialmente a partir da segunda metade do ano, com a gradativa recuperação no preço da reposição.
A Figura a seguir ilustra a evolução diária do preço nominal do boi gordo (Cepea) em 2024 e 2025, em Reais por arroba.

A exportação é um dos pontos de atenção em 2025, mas segue com embarques nos mesmos patamares de 2024, tanto mês de janeiro como na parcial de fevereiro .
E mudando de assunto, o preço da carne bovina exportada do Brasil subiu pelo sexto mês consecutivo, cotado novamente acima de US$5,0 por kg em janeiro de 2025.
Fonte: Farmnews