Levantamento mostra que o país tem 7,96 milhões de cabeças; destaque para o crescimento em novas regiões como Pará e Tocantins
O Censo de Confinamento de 2024, realizado pela DSM-Firmenich, revelou um aumento de 11% no número de gado bovino confinado em relação ao ano anterior, alcançando 7.961.754 cabeças em 2.592 propriedades brasileiras. Segundo o gerente de confinamento da empresa, Walter Patrizi, esse crescimento reflete uma retomada no setor, que enfrentou margens negativas nos últimos dois anos.
“Esse aumento está totalmente em linha com o crescimento do abate registrado neste ano e supera a média histórica de 9% ao ano. Foi um crescimento realmente muito importante”, destacou Patrizi, durante evento de apresentação dos resultados do Censo de Confinamento da dsm-firmenich, realizado na terça-feira, 10. Ele também chamou atenção para a maior participação das vacas no confinamento.
A concentração geográfica da atividade permanece marcante, com 75% do volume confinado distribuído entre os Estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Porém, destacou que a prática tem avançado para outras regiões.
“Esses cinco Estados representam, em grande parte, o nosso confinamento. No entanto, Estados como Pará e Tocantins vêm crescendo de forma significativa nos últimos anos”, explicou.
Os dados também indicam um aumento dos grandes confinamentos. “Os maiores confinamentos, com mais de 10 mil cabeças, têm crescido mais do que os menores. Já os confinamentos de pequeno porte, em geral, reduziram o volume de animais”, apontou Patrizi.
Ele acrescentou que cem grandes produtores, entre os mais de 2.500 levantados no censo, concentram praticamente metade do rebanho confinado.
De acordo com o levantamento, a participação de confinamentos com mais de 10 mil cabeças cresceu de 53,9% (3,9 milhões de cabeças) em 2023 para 58,7% (4,7 milhões de cabeças) em 2024. Já os confinamentos com menos de 10 mil cabeças se mantiveram com 3,3 milhões de animais entre um ano e outro, mas a participação recuou de 46,1% para 41,3%.
Fonte: Estadão Conteúdo