Boa oferta de boiadas gordas pressionou os preços na primeira quinzena deste mês, quadro que, hoje, aparenta ter encontrado um “piso” em SP, diz analista da Scot
No curto prazo, o bom momento do setor de exportação (favorecido pela valorização do dólar frente o real) e a possibilidade de uma redução de oferta de fêmeas ao abate podem dar sustentação aos preços no mercado do boi gordo, relata o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria.
“É possível que, ao longo da segunda quinzena de junho/24, os preços físicos passem a ‘conversar’ melhor com os preços indicados no mercado futuro”, acrescenta Fabbri, referindo-se aos movimentos recentes de valorização dos contratos do boi gordo negociados na B3.
Na avaliação do analista da Scot, a boa oferta de boiadas gordas pressionou os preços na primeira quinzena deste mês, quadro que, hoje, aparenta ter encontrado um “piso” em São Paulo, reduzindo, ao menos, a tendência de queda no curto prazo.
Na última semana, diz Fabbri, o destaque ficou novamente para o segmento de exportação de carne bovina in natura. “A exportação segue como uma boa válvula de escape neste momento de maior oferta”, ressalta ele.
Na parcial de junho/24 (até a primeira semana do mês), os embarques diários de carne bovina in natura alcançaram 11,6 mil toneladas – 26,3% acima do volume diário registrado em junho/23.
Segundo Fabbri, o consumo interno de carne bovina “também aparenta ter sido bom”, com uma demanda impulsionada pelo recebimento dos salários. “Isso também ajudou a diminuir parcialmente os estoques de carne na mão da indústria”, destaca.
No entendimento dos analistas da Agrifatto, a pressão de baixa sobre os valores da arroba foi menos marcante nesta última semana, na comparação com a semana anterior.
De acordo com a consultoria, a disponibilidade de gado terminado teve uma pequena queda ao longo da semana passada, especialmente no caso de vacas e novilhas, “sugerindo que os preços da arroba podem ter atingido um ponto mínimo e, potencialmente, indicando o início de uma recuperação gradual nas próximas semanas”.
Na última sexta-feira, a cotação do boi gordo em São Paulo permaneceu em R$ 217,50/@ (média entre o animal “comum” e o “boi-China), segundo apuração da Agrifatto. “Todas as dezessete praças acompanhadas mantiveram suas cotações estáveis”, observa a consultoria.
Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última sexta-feira (14/6):
São Paulo — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$217,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abates de treze dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de catorze dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de nove dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de dez dias;
Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias;
Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias;
Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias;
Paraná — O boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias.
Fonte: Portal DBO