“Queda de braço” entre pecuarista e indústria não deixa cotação cair
Uma queda de braço entre pecuaristas, que tentam segurar a oferta de gado no pasto, e os frigoríficos vinha mantendo os preços da arroba bovina sustentados no mercado físico. Agora, o movimento otimista também se estendeu aos contratos futuros. Na B3, a última semana terminou com ajustes positivos para todos os contratos do boi gordo, com o vencimento para este mês cotado a R$ 233,35 por arroba, um incremento de 0,47%.
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No mercado físico, o indicador do boi gordo Cepea/B3 atingiu R$ 231,20 por arroba na sexta-feira (12/4), aumento de 0,35% na variação diária.
“A ‘batalha’ entre indústrias e pecuaristas se intensificou na última semana, no entanto, houve um desfecho um pouco melhor para os produtores de alguns Estados, devido a maior força de segurar a oferta por conta das melhores condições das pastagens”, afirmou a consultoria Agrifatto em nota, nesta segunda-feira (15/4).
Um destaque citado pela Agrifatto foi Mato Grosso do Sul, onde a cotação do gado pronto para abate registrou valorização de 0,9%, no comparativo semanal, com a arroba a R$ 222,60. Além disso, as vendas no varejo e as distribuições de carne com ossos no atacado, que começaram fracas no início da semana passada, encerraram a sexta-feira com uma melhora.
“Ainda assim, apenas o preço do dianteiro foi ajustado positivamente durante a semana e agora está cotado a R$ 14,50 por quilo, enquanto o traseiro do boi castrado sofreu uma queda de R$ 0,40 por quilo em comparação com a semana anterior, ficando cotado a R$ 16,70 por quilo”, ressaltou a consultoria.