Muitas indústrias alegam contar com grande volume de produto estocado, o que reduz o ímpeto na compra de gado, diz Iglesias, da Safras
O mercado físico do boi gordo segue com preços enfraquecidos. Segundo informações da consultoria Safras & Mercado, o volume de animais ofertados na Região Norte segue como grande elemento de pressão, enquanto a oferta de carne bovina e de outros derivados do abate exerce pressão sobre as demais regiões do país.
Muitas indústrias alegam contar com grande volume de produto estocado, o que reduz o ímpeto na compra de gado. De acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, soma-se a isso a dificuldade de retenção por parte do pecuarista, em um momento de perda de qualidade do pasto, o que resulta no ápice de oferta de animais de safra.
“A recuperação dos preços do boi gordo tende a acontecer apenas no período de transição entre a safra e a entressafra. Mesmo assim não se deve aguardar movimentos explosivos de alta sem um novo elemento de demanda que justifique esse tipo de comportamento dos preços”, disse Iglesias.
Veja as cotações da arroba nas principais praças
- São Paulo (SP): R$ 255
- Dourados (MS): R$ 238
- Cuiabá: R$ 229
- Goiânia (GO): R$ 225
- Uberaba (MG): R$ 245
Boi no atacado
O mercado atacadista segue com preços acomodados. Segundo Iglesias, a expectativa ainda é de alguma queda das cotações no curto prazo, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo.
A primeira quinzena de junho, com a entrada dos salários na economia, pode resultar em alguma acomodação dos preços.
- Quarto traseiro: permaneceu a R$ 18,50 por quilo
- Quarto dianteiro: seguiu no patamar de R$ 13,80 por quilo
- Ponta de agulha: foi precificada a R$ 13,70 por quilo
Fonte: Agência Safras