Taxas de crescimento de bezerras são influenciadas pelos níveis de gordura do colostro

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

A importância do colostro para a bezerra recém-nascido é amplamente reconhecida há décadas, mas um estudo recente nos Estados Unidos mostrou a extensão de como os níveis de gordura no colostro podem afetar a produtividade do bezerro ao longo de sua vida.
 
Os resultados foram revisados pelo especialista em colostro, Manuel Campos, operador de projetos na América do Sul para a Saskatoon Colostrum Company (SCCL), com sede no Canadá, durante sua apresentação defendendo os benefícios do “colostro integral para uma bezerra integral” como parte da Semana do Bezerro da AHDB.
 Esta pensando em adubar seus pastos agora no início das águas, com objetivo de melhorar a capacidade de suporte da sua fazenda e obter maior produção de @/ha? Conheça a excelente opção para ADUBAÇÃO de Pastagens e Culturas em geral Clique aqui para saber mais!

Estudo

O estudo começou em 2020 e dividiu um lote de bezerras recém-nascidas da raça Holandesa na Califórnia em dois grupos: um grupo controle, que recebeu o colostro integral (20 por cento de IgG e 22 por cento de gordura) e outro grupo que recebeu o colostro com parte de sua gordura removida (20 por cento IgG e 5,7 por cento de gordura).

Ambos os grupos foram alimentados por sonda com a mesma quantidade de colostro uma hora após o nascimento e novamente 12 horas após o nascimento.

As medições registradas incluíram temperatura, postura, pesso corporal e altura, além dos registros de tratamento de doenças.

“Não houve diferenças nas medidas dos dois grupos de bezerras imediatamente após o nascimento, mas após a ingestão do colostro, aquelas que receberam o colostro com maior teor de gordura mostraram conseguir manter sua temperatura melhor e os acelerômetros provaram que por 60 horas após o nascimento, menos bezerras desse grupo estavam deitadas, em comparação com o grupo que recebeu o colostro com menor teor de gordura”, disse Campos.

No entanto, há diferença mais significativa foi no crescimento das bezerras. Aos 90 dias de idade, os animais alimentados com o colostro com maior teor de gordura pesaram 6,6kg a mais do que aqueles que receberam colostro com menor teor de gordura e aos 127 dias de idade, essa diferença aumentou para 10kg.

Ao olhar para os registros de saúde, a incidência de doenças respiratórias foi o dobro para bezerras alimentadas com substituto de colostro com menor teor de gordura (em 41 por cento em comparação com 21 por cento).

Incentivando os produtores a testar seu colostro e usar um colostro em pó de alta qualidade para enriquecer ou substituir o colostro materno se a qualidade não for suficiente, Campos também discutiu os fatores que afetam a qualidade e a absorção bem-sucedida do colostro.

“Existem vários problemas que afetam a qualidade do colostro  um que podemos ajudar a controlar é o momento de ordenhar o colostro da vaca. Idealmente, isso deve ser feito de uma a duas horas após o nascimento em seis horas, haverá uma redução de 17% de IgG e, em 14 horas, haverá uma redução de 33%.

Tempo

Campos também explicou a importância do momento da alimentação, com a taxa de absorção diminuindo bastante seis horas após o nascimento.

“O momento da primeira alimentação com colostro oferece uma janela de oportunidade única, com acesso direto à corrente sanguínea; altos níveis de fatores biologicamente ativos no colostro e alta plasticidade tecidual em bezerros recém-nascidos. Para uma melhor absorção, alimentá-las nas primeiras duas horas é ótimo, até seis horas é aceitável e mais do que isso não é bom.” 

“A forma de alimentação também faz diferença. Eu não recomendaria a alimentação direta da mãe há mais risco de transmissão de doenças e a alimentação adequada depende da configuração do úbere. Uma mamadeira com a bezerra em pé permitirá uma melhor absorção, pois a alimentação por sonda não promove a formação do sulco esofágico. No entanto, isso pode ser compensado se a alimentação por sonda for fornecida com mais colostro (pelo menos três litros) e uma alta massa de IgG (200g).”

Na hora de decidir a quantidade de colostro que deve ser fornecida, Campos disse ser importante considerar a eficiência aparente de absorção (AEA). Em um parto normal, isso estará entre 30 a 40 por cento, mas qualquer dificuldade no parto resultará em uma redução de AEA.

“As circunstâncias devem sempre ser consideradas. Uma bezerra que sofreu um parto difícil exigirá mais colostro, pois sua eficiência de absorção será menor.”

Fonte:  Farmers Guardian, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

Autor

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *