Uma pesquisa da consultoria EY com executivos e investidores de empresas do agro de Brasil, Argentina e Chile mostrou que, para eles, as mudanças climáticas e seus impactos de curto e longo prazos são o principal risco para os negócios de suas empresas. O estudo elencou os dez principais riscos e oportunidades que estão no radar.
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De acordo com o levantamento, 47% dos executivos e investidores consultados poderiam reconsiderar seus aportes com base em riscos climáticos. E, para 82% dos consultados, as mudanças climáticas representam um “alto” risco para seus negócios.
A EY dividiu os riscos ao agronegócio associados às mudanças climáticas em seis tipos, com pesos distintos. Diferentemente do que muitas lideranças setoriais sustentam, o risco reputacional é um dos menores, respondendo por 12% dos riscos relacionados ao problema. O maior risco é o “agudo”. Nessa lista estão mudanças abruptas nas chuvas e nas temperaturas e clima extremo, como secas e tempestades.
Segundo a pesquisa, os riscos políticos e jurídicos são 19% do risco total. Estão nesse grupo obrigações de divulgação reforçada de emissões de gases de efeito estufa, exposição a litígios, aumento do preço das emissões e mandatos ou regulamentações de produtos já existentes. No mesmo nível (19%) estão os riscos tecnológicos, que envolvem os custos de transição para um modelo de produção e serviços com menos emissões, e os investimentos mal-sucedidos com novas tecnologias.
As dificuldades de acessar mercados representam 15% dos riscos relacionados às mudanças climáticas. Elas incluem a mudança do comportamento do consumidor, o aumento dos custos de matérias-primas com maior pegada de carbono e as incertezas nos sinais de mercado.
Já os riscos reputacionais são 15% dos riscos relacionados às mudanças climáticas, assim como os riscos crônicos (15%), que envolvem mudanças de longo prazo nos níveis médios de precipitação e temperatura, na perda de biodiversidade e na elevação no nível do mar.
Depois das mudanças climáticas, os entrevistados das empresas do agro entendem que o segundo maior risco são gargalos na infraestrutura, com rodovias inadequadas, concentração no modal rodoviário e limitação de capacidade estática.
O terceiro aspecto mais citado é uma oportunidade: a agricultura de baixo carbono. Os entrevistados citaram ainda, pela ordem, questões relacionadas a aumento da produtividade, gestão de custos e gestão de ativos; restrições ao uso de agroquímicos e defensivos; ética, compliance e controle; intervenções governamentais, mudanças regulatórias e reformas; escassez de mão de obra qualificada e implementação de cultura ágil e inovadora; rentabilidade financeira, gestão de volatilidade de moedas e margens; e, por fim, profissionalização e evolução do modelo de governança e sucessão.
Fonte: Valor Econômico