Nas praças do interior de SP, o boi gordo segue apregoado em R$ 302/@, enquanto a vaca gorda vale R$ 272/@ e a novilha terminada é vendida a R$ 292/@ (preços brutos e a prazo), informa a Scot Consultoria
A maior oferta de gado neste fim de safra, acelerada pela onda de frio da semana anterior, continua pressionando as cotações no mercado do boi gordo, informam nesta segunda-feira, 30 de maio, as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.
Nas praças de São Paulo, apesar da pressão de baixa, os preços do boi gordo e demais categorias fecharam com estabilidade em relação os valores de sexta-feira, segundo os dados da Scot Consultoria.
“Com escalas programadas para a semana, poucos negócios foram reportados”, relata a Scot, referindo ao mercado paulista.
Com isso, o boi gordo segue apregoado em R$ 302/@ em São Paulo, enquanto a vaca gorda está valendo R$ 272/@ e a novilha terminada é vendida a R$ 292/@ (preços brutos e a prazo).
A referência para bovinos destinados ao mercado da China (abatidos mais jovem, geralmente com idade abaixo dos 30 meses) está em R$ 305/@ (mercado paulista).
Na região norte do Mato Grosso, o Estado brasileiro com o maior rebanho bovino do País, houve queda nas cotações para todas as categorias destinadas ao abate, aponta a Scot.
As ofertas de compra foram R$ 2/@ menores para o boi, vaca e novilha gordos. Assim, as referências na região estão em R$ 273/@, R$ 261/@ e R$ 267/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).
“Do lado da demanda de carne bovina, apesar do bom desempenho das exportações, o consumo no mercado interno caminha em passos lentos”, acrescenta a Scot.
Segundo a IHS Markit, em âmbito nacional, o mercado começou a semana com as indústrias frigoríficas ausentes dos negócios, mas indicações de preços do boi gordo ainda seguem com viés de baixa.
“Os frigoríficos contabilizam as vendas de carne bovina durante o final de semana e estipulam as novas estratégias para retomada às compras de boiadas”, informam os analistas da IHS.
Os pecuaristas, por sua vez, aguardam melhores condições de preços para dar continuidade nas vendas dos últimos lotes de gado gordo terminados a pasto.
De acordo com a IHS, boa parte da indústria já possui escalas de abates significativamente avançadas, o que deve reduzir o apetite dos compradores.
Em relação à demanda, a equipe de analistas da IHS observa condições de oferta de animais distintas entre as praças pecuárias.
Nas regiões Sul e Sudeste, a disponibilidade de animais prontos para abate já começa a apontar diminuição, refletindo o avanço do período seco.
“A seca, o sol forte e geadas pontuais reduzem a massa verde dos campos”, relata a IHS. Na região Centro-Oeste, a oferta de animais gordos ainda é elevada. “As disponibilidades de lotes nessa região devem começar a dar indícios de redução a partir da segunda quinzena de junho”, observa a IHS.
Por sua vez, nas regiões Norte e Nordeste, o clima chuvoso tem dado maior suporte na capacidade de manutenção dos animais nas fazendas, sem riscos de perda de peso, acrescenta a IHS.
Segundo apurou a consultoria, as indústrias brasileiras seguem com as escalas de abate virtualmente alongadas, sobretudo as unidades que atuam com a maior parcela de sua produção voltada ao mercado externo.
No geral, o fraco apetite dos compradores que exportam carne bovina deve-se também ao ambiente de cautela diante das suspensões recentes de algumas unidades brasileiras por parte dos importantes chineses, que alegam problemas relacionados ao vírus da Covid-19.
Com isso, a IHS Markit acredita que o desequilíbrio entre oferta e demanda deve continuar pressionando os preços da arroba do boi gordo até pelo menos o final da primeira quinzena de junho.
No mercado atacadista, as vendas de carne bovina permaneceram fracas ao longo do final de semana, movimentos típicos pela sazonalidade do mês, marcada pelo baixo poder de compra do brasileiro, devido ao distanciamento do período de pagamento dos salários, sempre no início de cada mês.
Por outro lado, existem expectativas de demanda mais aquecida na virada do mês, fundamentadas justamente pelo recebimento da massa salarial, além do recuos nos cortes de carne bovina, ainda que pontuais, ao longo da última semana.
“De todo modo, a indústria de distribuição, atacado e varejo operam com estratégias para limitar as ofertas sobressalentes nos entrepostos”, informa a IHS.
Cotações máximas de machos e fêmeas desta segunda-feira, 30 de maio
(Fonte: IHS Markit)
SP-Noroeste:
boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 262/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 262/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 263/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca R$ 265/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 260/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 263/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 260/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 272@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)
Fonte: Portal DBO