A produção de rações deve crescer 3,5% no Brasil neste ano, para 88 milhões de toneladas, estimou hoje (3/5) o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). Em 2021, quando avançou 4%, a produção chegou a 85 milhões de toneladas.
O segmento de rações para aves, que representou metade do total em 2021, deve crescer 3,7%, para 44,2 milhões de toneladas. No caso da suinocultura, a previsão é de aumento de 3,6%, para 20,4 milhões de toneladas. Para a bovinocultura, a entidade estima 12,4 milhões de toneladas, volume 1,8% maior que o do ano passado. O segmentos de pets e aquacultura devem ter expansão de 5,5% e 5,2%, respectivamente, para 3,67 milhões e 1,52 milhão de toneladas.
Expectativa de crescimento à parte, o ano não será fácil, afirma Ariovaldo Zani, presidente do Sindirações. De acordo com o executivo, a guerra na Ucrânia deflagrou um efeito dominó sobre custos logísticos e preços das matérias-primas.
“A amplitude e duração das punições aplicadas à Rússia pela invasão da Ucrânia prejudicarão a dinâmica da economia mundial, dada a volatilidade dos preços, o incremento da inflação e o reduzido crescimento no curto prazo”, disse.
Segundo o Sindirações, o frete marítimo está 70% mais caro. Milho e farelo de soja também subiram consideravelmente desde o início do conflito no Leste Europeu.
Fonte: Valor Econômico